Thursday, March 20, 2025

 

OBESIDADE.

UMA DOENÇA GRAVE À QUAL DAMOS POUCA IMPORTÂNCIA E QUE ESTÁ NA ORIGEM DAS DOENÇAS MAIS GRAVES !!!!

Por: Clara Castellotti

A maior derrota da medicina nutricional é provavelmente a obesidade que, apesar dos medicamentos e das novas dietas, continua a aumentar e os obesos que conseguem perder peso quase inevitavelmente recaem e voltam a engordar.

Aqueles que têm excesso de peso sofrem mais de doenças cardíacas, diabetes e muitos tumores.

Em teoria, basta comer pouco para perder peso: a ciência alimentar afirma que por cada 7 calorias de que se abdica à mesa se deve perder 1 g de gordura, mas na realidade as coisas são mais complicadas.

O homem desde sempre enfrentou o problema da fome, mas é apenas há algumas décadas que está enfrentando o problema de ter demasiado para comer.

Quando emagrecemos, o corpo liberta mecanismos de protecção que nos impedem de perder demasiado peso: tendemos a reduzir o gasto de energia, reduzindo a actividade física, produzindo menos calor e melhorando a eficiência metabólica. É como se o organismo se estivesse a preparar para o pior. De facto, aqueles que decidem seguir uma dieta rigorosa conseguem perder até vários quilos em poucos dias, mas depois, mesmo que continuem com a mesma dieta pobre em calorias, não perdem mais peso, e para manter o peso que ganharam, devem comer muito menos do que aqueles que sempre tiveram esse peso. Pelo menos até o corpo se acomodar a um outro nível de equilíbrio, mas isto pode levar tempo.

São sobretudo as gorduras que fazem engordar. Com a paridade de peso, as gorduras fornecem mais energia do que os hidratos de carbono e que as proteínas - 9 calorias contra 4 por grama - e aqueles que comem mais alimentos gordos tendem a comer mais. Também quem come muitas farinhas refinadas (pão, massas, etc.) e açúcares simples também tende a engordar, especialmente se os associar com gorduras. De facto, os açúcares aumentam os níveis eméticos da insulina, o que por um lado ajuda os açúcares a serem queimados, mas por outro promove o armazenamento do excesso de gordura nos tecidos adiposos. A solução é comer menos gorduras animais, menos açúcar, mais vegetais, mais sementes e mais alimentos integrais. As gorduras vegetais também engordam, mas uma dieta rica em azeite (e sementes) e peixe está associada a baixos níveis de insulina. Os alimentos integrais ajudam a quem quer perder peso, porque por um lado o teor de fibras, ao inchar no estômago e intestino, dá uma sensação de saciedade, e por outro lado favorece uma absorção lenta e gradual dos açúcares, evitando quedas nos níveis de glicose no sangue (glicemia) que aumentariam a sensação de fome.

Quem em vez disso come farinhas e açúcares refinados (o clássico pequeno-almoço de café com leite adoçado, bolachas, compota, manteiga, marmelada, etc.) terá um rápido aumento da glicemia que leva a uma rápida hiperprodução pancreática de insulina que, por sua vez, faz baixar a glicemia, causando uma sensação de fome que leva ao consumo de mais açúcares que, mais uma vez, faz subir a glicemia e, portanto, a insulina, causando uma nova fase de hipoglicémia (o buraco no estômago do meio-dia) e assim por diante, num círculo vicioso que pouco apouco leva à obesidade.

Para quebrar este círculo vicioso e manter o equilíbrio do organismo num peso mais baixo, não é suficiente seguir uma dieta hipocalórica, mas é necessário começar a alimentar-se bem. Não é necessário passar fome nem renunciar aos prazeres da mesa, mas é necessário reeducar o próprio paladar (redescobrir os sabores simples) e afastar-se dos hábitos corruptos da publicidade.

CLARA CASTELLOTTI - ECODIETA

 

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