O CAFÉ: usos e virtudes
Elena Corrales
O café no nosso
país, para além de uma bebida, tornou-se um modo de vida. Apesar da sua
popularidade, nem todos são efeitos benéficos e os antioxidantes que contém não
justificam de todo o seu consumo diário.
O café é uma
bebida altamente estimulante feita a partir das sementes torradas e moídas do
fruto da planta do café: Coffea arabica ou Coffea robusta. Contém
um alcalóide conhecido por todos, a cafeína.
É uma planta que se desenvolve em climas
tropicais e equatoriais, embora as suas origens se encontrem na Etiópia; ao
longo do tempo, o seu consumo estendeu-se ao longo da história a praticamente
todos os países do mundo.
Efeitos
positivos
O consumo de
café após as refeições facilita a digestão, já que a cafeína activa as
secreções gástricas e biliares, bem como a motilidade intestinal. Na prática
desportiva, o café facilita a contracção muscular e aumenta a frequência
cardíaca.
A cafeína tem um
forte efeito estimulante sobre o cérebro: activa o pensamento, a conversação e
outras actividades intelectuais. Faz-nos sentir mais "vivos".
Tendo em conta as suas propriedades,
poderíamos definir o café como uma planta medicinal que estimula o sistema
nervoso. Se o utilizássemos como preparação medicinal, deveríamos preparar uma
infusão de 3 grãos de café moídos por chávena de água. O resultado seria um
líquido louro com um delicado toque amargo, nada parecido com a chávena de café
que consumimos regularmente.
Efeitos
negativos
A cafeína tem um
forte efeito aditivo, favorece a insónia e, em muitos casos, a agitação
nervosa. Também irrita o sistema digestivo, podendo produzir gastrite, azia,
diarreia, úlceras estomacais, colite ulcerosa, etc. Precisamente devido a este
efeito irritante, tem um efeito laxante.
Destaquemos
também que aumenta significativamente os níveis de colesterol e triglicéridos,
bem como o risco de padecermos de arritmias cardíacas, hipertensão e
endurecimento das artérias.
Por outro lado,
favorece as complicações e problemas durante a gravidez. A este respeito, as
mulheres que consomem cafeína durante a gravidez correm o risco de dar à luz
bebés de baixo peso. O uso da cafeína antes e durante a gravidez aumenta o
risco de aborto, especialmente durante o primeiro trimestre, e assim debilita a
capacidade reprodutora.
Tem um poderoso
efeito diurético e pode sobrecarregar os rins; favorece tanto a
desmineralização como a cistite.
O consumo de
mais de 300 mg de cafeína por dia aumenta o risco de perda de cálcio dos ossos,
especialmente nas mulheres depois da menopausa. Além do mais, o café também
dificulta a absorção do ferro, o que pode levar à anemia.
Beber café leva
a outros vícios, tais como o tabaco. Nas consultas, é habitual comprovar que pessoas
que bebem café regularmente também fumam cigarros.
Energeticamente, o café é yin
(expansivo) e o tabaco é yang (contractivo). Uma das leis da natureza
ensina-nos que os opostos se atraem. O que neste caso significa que, quanto
mais cafeína consumirmos, mais nicotina precisamos e vice-versa. Por
conseguinte, se quisermos deixar de fumar, é aconselhável deixar de beber café.
Conclusão
Devemos reservar o consumo de café,
sempre biológico, para momentos específicos em que precisamos de estímulos
extra, especialmente se for a nível intelectual ou criativo. Bebê-lo de forma
continuada, tem mais efeitos negativos do que positivos.
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CAFÉ
Francisco
Varatojo
O café é seguramente uma das bebidas mais consumidas em todo o Mundo e
também uma das que mais polémicas gera no que toca ao facto de poder ou não
afectar a saúde. Na realidade, estamos a falar da cafeína que, para além de
estar presente no café existe também em chás cafeinados, colas, chocolate e
outros produtos.
A cafeína tem conhecidos efeitos estimulantes podendo, para algumas pessoas
funcionar como um antidepressivo. Pode ainda ajudar a dissolver cálculos
renais, auxiliar a digestão de gordura, entre outros.
Mas a cafeína tem também consideráveis efeitos indesejados: faz as
glândulas supra-renais produzirem imensa adrenalina, deixando as pessoas
inicialmente muito agitadas e depois muito cansadas (altura em que bebem outra
chávena de café). Pessoalmente, acho que a cafeína é uma das causas principais
de cansaço crónico.
Os níveis de açúcar são também afectados pelo consumo de cafeína,
produzindo-se frequentemente condições hipoglicémicas crónicas.
A cafeína inibe a absorção de vitaminas do grupo B e faz o organismo
excretar minerais como cálcio ou ferro, contribuindo, por exemplo, para a
descalcificação óssea.
Segundo a abordagem macrobiótica, para além dos efeitos acima descritos, o
café exaure a nossa energia vital, e afecta principalmente órgãos como as
glândulas supra-renais, os rins e a bexiga. O sistema imunitário é também
bastante taxado, particularmente pela excessiva estimulação de adrenalina e
efeitos negativos nos níveis de glicemia.
A ter particular atenção é a combinação sinergética da cafeína com açúcar
(café, chocolates, etc.) que amplifica significativamente os efeitos negativos
de ambos.