NÃO HÁ SAÚDE SEM MOVIMENTO
Dr.
Martín Macedo – in: “El regresso del hombre de sal”, 2008)
Para
fortalecer o corpo é necessária a actividade física.
É
algo conhecido por toda a gente, mas poucos levam este assunto com a necessária
seriedade.
Em macrobiótica,
o exercício é um dos factores fundamentais na recuperação de qualquer doença. Quando o paciente está
imobilizado a recuperação é muito mais lenta e trabalhosa.
Não é suficiente
consumir bons alimentos e mastigar conscientemente. Não se alcança com a
mastigação bocal; deve-se “mastigar” com todo o corpo através do movimento
enérgico.
Só assim se
assimila completamente o poder curativo dos alimentos e só assim se produz uma
enérgica descarga dos excessos dietéticos que todos sem excepção cometemos.
O
progresso nesta via traduz-se num maior grau de autodomínio. Somente se
produzem doenças sérias em pessoas que carecem de autodisciplina.
Mas o autodomínio
perfeito é muito difícil de alcançar. O QUE O ALCANÇA É MESTRE, tenha ou
não diploma. O diploma não vale nada se o “diplomado” não for capaz de
controlar os seus impulsos básicos. O verdadeiro mestre passou largos anos de
treino duro e temperou-se até adquirir o autodomínio.
Há sempre yin e
yang: bons e maus, verdadeiros e falsos. É inevitável, porque a realidade é
dual. Não podemos destruir o lado que nos desagrada. Mas podemos controlar
as forças yin e yang, e assim determinar qual o aspecto que será predominante e
qual será o complementar.
A saúde absoluta
não existe; ainda que na saúde excelente, hajaá sempre alguma pequena
debilidade ou “doença”. Ainda que sejamos muito fortes, existe sempre um ponto
fraco; mesmo sendo muito felizes haverá sempre momentos de dor.
Através
do movimento podemos intervir para que lado desejamos que seja o predominante.
Desta forma o aspecto que queremos evitar, estará controlado ainda que não
suprimido de todo; sempre será uma ameaça latente que nos obrigará a estar
sempre atentos e a não “dormirmos à sombra dos louros”.
Se
ficarmos quietos nada conseguiremos; a desistência e o ócio, só produzem
calamidades. Embora a meditação não seja uma quietude ociosa – pelo contrário,
é uma forma de movimento muito lenta e controlada.