AS SEMENTES
As sementes são
altamente nutritivas e quando acompanham outros alimentos fornecem-lhes
vitaminas, ácidos gordos essenciais e sais minerais.
As mais habituais
são: sésamo, girassol e abóbora.
Vendem-se cruas, com e sem casca e
podem (devem) tostar-se suave e ligeiramente numa sertã, sem óleo, e
conservam-se por uns dias num frasco hermeticamente fechado.
SEMENTES DE SÉSAMO
As sementes de sésamo são um
produto de base na cozinha mediterrânica, oriental e do médio oriente há
milhares de anos. São uma excelente fonte de lípidos/gorduras e ricas em cálcio
e outros nutrientes.
Há duas qualidades: brancas (castanho claro) e
negras. São a base do gomásio (sementes tostadas com sal marinho) um
“sal vegetalizado” muito utilizado na cozinha vegetariana e macrobiótica.
O óleo de sésamo negro não refinado obtido na pressão, com
um maravilhoso sabor e aroma a nozes, é o óleo preferido da cozinha
macrobiótica.
É melhor tostá-las
ligeira e suavemente porque o seu óleo cru é difícil de digerir.
As sementes de sésamo levemente
tostadas são utilizadas como condimento ou como guarnição em sopas, saladas e
pratos/cremes de cereais e de legumes.
Também podem ser reduzidas a
farinha (de preferência moídas no momento para não oxidarem e perderem nutrientes)
que é utilizada em cozimentos no forno ou combinada com outros ingredientes
para fazer pratos como o humus – esse creme para barrar ou acompanhar cereais e
legumes, composto de tahin, grão de bico e diversos condimentos (sal,
dentes de alho, óregãos, azeite, vinagre de arroz, miso branco, …) – e
na pastelaria tradicional grega.
As sementes de forma convexa são
de melhor qualidade que as de forma côncava. As sementes descorticadas são
elaboradas quimicamente e desprovidas dos seus elementos nutritivos, pelo que
devem ser evitadas.
O tahin feito com sementes descorticadas
fica mais macio e doce que o tahin feito com sementes integrais (não
descorticadas), este com sabor mais pronunciado, mas muito mais rico em
nutrientes. O tahin é uma manteiga utilizada em molhos e para barrar.
SEMENTES DE
GIRASSOL
De conteúdo proteico superior ao
das outras sementes, possuem ferro, cálcio, fósforo, potássio, magnésio,
vitaminas A, E e do grupo B. O seu conteúdo em magnésio e ferro é superior ao
de qualquer outro alimento vegetal.
São saudáveis para a vista, pele,
unhas e limitam a hipertensão e o nervosismo.
São compostas por 51% de óleo,
rico em ácidos gordos insaturados, precioso para o bom funcionamento dos órgãos
internos e do cérebro, para a saúde da pele e evita a formação de depósitos de
colesterol. Actuam beneficamente sobre os dentes, previnem cáries e reforçam as
gengivas.
Exigem uma boa mastigação, mas
são deliciosas. Podem ser adicionadas aos cereais do pequeno almoço, aos pratos
principais de cereais e legumes, às sopas, às saladas e muitas outras
preparações. Também posem ser utilizadas no fabrico de pão, pequenos bolos e
outros produtos à base de farinha cozidos no forno.
A manteiga de sementes de
girassol dá uma pasta espessa e cheia de sabor e o óleo de girassol não
refinado, obtido na pressão, pode ser utilizado na cozinha.
SEMENTES DE ABÓBORA
Contêm 50% de ácidos gordos
polinsaturados, hormonas vegetais, vitaminas A, E, F, aminoácidos essenciais,
fósforo em abundância, magnésio, ferro e zinco.
Estimulam o sistema imunitário,
são adequadas para as perturbações humorais da adolescência, melhoram a visão e
ajudam na destruição dos parasitas intestinais, incluindo a ténia.
São saborosas e crocantes quando
são levemente tostadas e condimentadas com (pouco) sal ou molho de soja salgado
japonês (shoyu ou tamari).
SEMENTES DE LINHO
Entre os óleos de sementes, o
óleo de linhaça é o que contém maior quantidade de ácidos gordos (57%)
a-lenolênico (percursor do ómega 3), destacando-se pelo seu papel protector das
doenças cardiovasculares, do excesso de colesterol plasmático e da agregação
plaquetária. A sua fibra também ajuda na prevenção de patologias como os
cancros da mama, do pulmão e do cólon.
Têm efeito eficaz na prisão de
ventre sem efeitos colaterais e em emplastros mornos ajudam nas mastites,
reduzindo a inflamação, a dor e a dureza das mamas, evitando a toma de
antibióticos.
AUTORES DE
REFERÊNCIA
·
Aveline
Kushi
·
Clara
Castellotti.