“CEREAIS INTEGRAIS O ALIMENTO QUE MELHOR SE ADAPTA AO
SER HUMANO
Na antiguidade, os cereais eram moídos e consumidos
imediatamente.
Segundo a Drª. Kousmine (1904-1992), de origem russa,
os soldados romanos viajavam nas suas campanhas com trigo tostado e millet (espécie
de milho painço) em grão.
Levavam um moinho para moer os grãos e fazer
biscoitos.
Cada “coorte” (unidade de infantaria do
exército) tinha o seu próprio moinho.
Todos os dias o grão era moído e consumido no momento.
Cada soldado romano recebia 750 gramas de cereal em
grão por dia.
Durante a manhã, comiam-no sob a forma de papas.
E à noite consumiam-no sob a forma de bolachas
assadas.
Durante séculos, os exércitos romanos foram
invencíveis.
Tinham a força dos cereais integrais e orgânicos,
moídos e comidos de imediato.
Em algumas zonas de África, as mulheres moem o millet todos
os dias e usam-no em seguida.
Como descendentes da cultura ocidental, o trigo e a
farinha são uma parte importante da dieta de milhões de pessoas.
Mas, há cerca de 300 anos, a indústria tem vindo a
remover o farelo (salvado) e o germen, perdendo-se assim a maior parte dos
nutrientes.
Atualmente, as pessoas comem pão em quase todas as
refeições, massas, arroz branco e açúcar branco.
Nas pizzarias, utiliza-se esta farinha sem vida, sem
nutrição.
As sanduíches são feitas com farinhas brancas ou
"escuras" com uma tinta que tenta assemelhar-se a pão
"escuro".
Segundo a Drª. Kousmine, quando refinados, os cereais
perdem até 70% dos seus nutrientes.
O que resta são calorias vazias.
E este é o alimento básico de milhões de pessoas
civilizadas, que ocupam cargos de gestão, posições académicas, hierarquias
religiosas.
Médicos, advogados, mestres, professores, polícias,
políticos, governantes e desportistas.
Todos se nutrem à base de algo que perdeu 70% da sua
vida.
A sabedoria não pode florescer com uma tão pobre
qualidade de nutrição.
Não podemos esperar que melhore a vida das pessoas
através da mudança de ideologia.
Ou religião.
Não podemos separar a medicina da nutrição.
Nem a economia da nutrição.
Se a qualidade da nutrição cai, a saúde também cai, e
a fraqueza física e mental que a acompanha traduz-se em mais miséria e angústia
social.
Ninguém quer saber se o grão foi moído.
Nem sequer têm um moinho em casa.
Mas eu tenho um de alta qualidade e faço o meu próprio pão como os romanos e as mulheres do Quénia.Comprei-o em Espanha.
Reflexão do dia 11/5/2018 – Dr. Martín Macedo, médico,
Uruguay.”