Tuesday, November 12, 2024

 


KUZU (Pueraria lobata)

+ UME-SHO-KUZU

ALIMENTO-MEDICAMENTO DE OUTONO

Por: Clara Castellotti - https://www.facebook.com/groups/368381147853533/user/100002360740099

Trata-se de uma planta originária do Extremo Oriente, pertencente à família das leguminosas. Terapeuticamente utiliza-se apenas a raiz, da qual se extrai um determinado amido utilizado na culinária como espessante de sopas e cremes, doces ou salgados. Como equilibra a acidez, é excelente na preparação de sobremesas como pudins, kanten, etc.

A raiz de kuzu tem sido utilizada pelos curandeiros orientais há pelo menos 2.000 anos e principalmente como alimento devido à sua capacidade de equilibrar os açúcares naturais e melhorar o metabolismo da glucose. É considerada uma das 50 plantas mais importantes da Medicina Tradicional Chinesa.

Ao crescer em profundidade, a raiz do Kuzu tem uma energia contractiva muito yang. Reforça a digestão, restaura a energia das condições muito yin; ajuda a lubrificar os intestinos fracos e controla a hiperacidez estomacal.

Tradicionalmente, também tem sido utilizado nas adições, tanto na dependência do tabaco como no álcool e está agora a ser explorado para pacientes viciados em marijuana e cocaína. Na Universidade de Harvard foi estudado o efeito do kuzu na supressão do desejo de consumir álcool e na recuperação dos órgãos danificados pelo seu consumo.

Contém isoflavonas úteis (60% das quais puerarina). Também contém diadzeína, agente anti-inflamatório e antimicrobiano e daidzina, um fitoestrogénio. Os seus componentes afectam os neurotransmissores, nomeadamente a serotonina e o GABA, que estimulam a produção de dopamina e proporcionam uma sensação de bem-estar, compensando o prazer que trazem as substâncias nocivas como a droga, o álcool ou o tabaco.

Lenitivo e anti-inflamatório das mucosas, é útil em caso de constipações, febre, perturbações digestivas e perturbações intestinais crónicas. Reforça as paredes intestinais e é, por isso, muito útil nos casos de diarreia aguda e crónica. É também indicado em doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, doença de Parkinson.

Intestinos: O Kuzu ou Kudzu tende a regular o funcionamento intestinal, sendo útil tanto na obstipação como na diarreia, espasmos intestinais, intestinos preguiçosos, refluxo gastro-esofágico, etc. Apoia igualmente a flora intestinal. É de grande alívio em casos de gastroenterite, colite, úlceras estomacais ou quando o estômago não tolera nenhum alimento líquido ou sólido. Reduz a inflamação, o excesso de acidez, as infecções bacterianas e a cândida. Ótimo remédio para a doença de Crohn e na diarreia. Durante o tratamento do cancro, protege os órgãos do sistema digestivo e ajuda a alcalinizar o organismo, aliviando o cansaço e potenciando os níveis de energia. Quando não é possível engolir qualquer líquido durante a quimioterapia, utiliza-se como espessante. Estimula o apetite.

Aparelho respiratório. Suavisa a mucosa pulmonar e é muito útil nos resfriados, tosse, bronquite, asma e alergias com rinite. Em caso de gripe, reduz a febre, favorece a transpiração e acalma a congestão e as dores musculares associadas.

Alivia a fadiga crónica e aumenta os níveis de energia, já que tende a alcalinizar o organismo. Melhor se consumido em chá com umeboshi e shoyu.

Distúrbios hormonais. Ao ter daidzeína, atividade estrogénica, também limita distúrbios hormonais, sendo útil na pré e pós-menopausa porque, ao aumentar os níveis de estrogénio, fixa o cálcio. Menopausa. 50 mg de raiz por dia aliviam os afrontamentos e os suores noturnos.

Coração. Estudos realizados na China demonstraram que o kuzu, graças à puerarina, o seu flavonoide mais importante, diminui a tensão arterial. A puerarina, o seu princípio ativo, limita a frequência dos episódios de angina e limita a formação de plaquetas, mantendo um fluxo sanguíneo correto nas artérias. Os seus flavonóides (isoflavonas) melhoram a circulação (incluindo o aumento da irrigação cerebral), reduzem o colesterol e a agregação plaquetária, protegendo contra as doenças coronárias.

Distúrbios nervosos e cerebrais. A sua ação vasodilatadora favorece a circulação sanguínea, reduz o stress e as insónias. É útil no tratamento das dores de cabeça e das enxaquecas, melhorando igualmente as cefaleias em salvas. Está a ser estudado pela sua capacidade de melhorar a capacidade cognitiva na demência e na doença de Alzheimer (1 g/dia melhora a função cognitiva).

Tem um efeito calmante contra o stress, melhorando o estado emocional. Útil em crianças hiperactivas.

Mucosite e cancro. Durante o tratamento de quimioterapia, é comum sofrer-se de mucosite do trato digestivo, o que aumenta a permeabilidade intestinal e aumenta a toxicidade do tratamento (uma vez que é mais absorvido). Por esta razão, e também porque melhora a digestão e estimula o apetite, é útil adicionar uma chávena de kuzu, já diluído em água, à cozedura do creme de arroz, nos últimos 5 minutos.

Propriedade anti-dor. Calmante geral não só da mente, o Kuzu relaxa e alivia as dores nas costas e nos ombros.

Outros: alergias, zumbidos e vertigens.

Adições: :8-15 gr,/dia

Como alimento. O Kuzu é um agente espessante maravilhoso para preparar molhos e sopas cremosas e dá uma textura sedosa a uma variedade de alimentos. Também pode ser usado para revestir vegetais ou peixe, resultando num revestimento leve e estaladiço. Mas o kuzu é sobretudo utilizado pela sua capacidade de equilibrar a acidez dos doces e entra na composição de sobremesas como pudins, tartes, gelados e muitos outros. O seu poder gelificante, a sua textura e os seus atributos terapêuticos tornam-no muito superior a outros espessantes como a araruta e constitui uma alternativa saudável ao amido de milho ou à fécula de batata, que são tratados quimicamente.

Apresenta-se sob duas formas. Na forma de amido, a mais comum, que é a sua forma de “pedra”, em que a raiz é limpa e processada para remover a parte não comestível. Em alternativa, a raiz de kuzu pode ser encontrada seca; esta forma fornece mais flavonóides que se perdem durante o processo de produção do amido e que se encontram em contra partida nas tisanas. Comercializado sob o nome de Kakkon, este preparado pode conter, para além da raiz de kuzu, alcaçuz, gengibre e canela (em geral) que, em conjunto, podem ajudar a combater uma grande variedade de sintomas.

Modo de preparo. Por ao lume uma panela com a quantidade de caldo ou líquido que se deseja espessar. Numa chávena, dissolver 1 a 2 colheres de chá de kuzu em 100 a 150 cc. de água ou líquido frio (o mesmo líquido que estamos a aquecer) e quando o líquido na panela ferver, adicionar o kuzu dissolvido (como fazemos com a farinha de milho). Mexer e deixar cozinhar durante 2 minutos até o líquido engrosse e fique um pouco transparente.

UME SHO KUZU / REMÉDIO DE OUTONO = composto por: Umeboshi (Ume) + Shoyu ou tamari (Sho) + Kuzu, três ingredientes muito yang e tonificantes – Especial para alturas de gripes intestinais e respiratórias. O kuzu, com a sua energia, permite que os outros dois ingredientes penetrem em profundidade e equilibra as condições extremamente yin.

Preparação: Dissolver 1 colher de sopa de kuzu em duas colheres de sopa de água fria. Esmagar a ameixa umeboshi e juntá-la ao kuzu dissolvido. Adicionar 1 1/2 chávena (ou 2) de água fria e pôr ao lume. Adicione 5 a 6 gotas de sumo de gengibre e deixe ferver até ficar transparente e um pouco espesso. Adicione 1 a 3 colheres de chá de shoyu e deixe ferver um pouco mais. Servir de imediato. Fica claro e espesso. Servir. 1 chávena de água também pode ser fervida. Dissolva 1 ou 2 colheres de chá de kuzu em uma pequena quantidade de água em 1 xícara e quando a água da panela ferver, adicione o kuzu dissolvido na água fria (ele só se dissolve em água fria!!!). Deixar ferver durante 2-3 minutos até ficar transparente e desligar o lume. Depois juntar a umeboshi e o shoyu (e o gengibre em caso de problemas respiratórios/gripe), neste último caso as propriedades da umeboshi e do gengibre são melhor aproveitadas.

Para que serve. Reduz a febre e os estados gripais e, ao mesmo tempo, acalma as dores que frequentemente os acompanham (dores de cabeça, de costas, etc.). Também pode ser de grande ajuda em caso de problemas respiratórios, como bronquite, constipações, tosse, etc., já que desinflama as mucosas tanto das vias respiratórias comos do aparelho digestivo.

Aquece e fortalece o corpo, estimulando o sistema imunitário, aliviando o cansaço crónico e potencia o nosso nível de energia, já que tende a alcalinizar o organismo.

1-2 vezes por dia em caso de gripe.

Remédio específico para problemas digestivos, sobretudo intestinais.

A Umeboshi neutraliza o excesso de ácido e uma condição de acidez é o que causa a diarreia. No estômago, existe um equilíbrio constante entre os ácidos segregados por um certo tipo de células gástricas e o muco segregado por outras. O muco impede que os ácidos gástricos e as enzimas irritem ou provoquem úlceras nas paredes do estômago: a umeboshi, fortemente alcalinizante, neutraliza o excesso de ácido e o Kuzu, com a sua consistência viscosa parecida ao muco, protege o estômago de um eventual excesso de ácido clorídrico. Assim, em conjunto, têm uma ação muito ampla e completa que beneficia todo o sistema digestivo, sendo indicados em casos de gastrite, úlceras, azia, ardor e acidez de estômago.

A fibra presente no Kuzu melhora os sintomas da diverticulite e da síndrome do intestino irritável. Pode tomar-se uma vez por dia até que a condição melhore.

Fraqueza intestinal, problemas de assimilação e anemia.

Diarreia e obstipação (em caso de diarreia aguda, 2 a 3 vezes por dia até a diarreia parar; em caso de diarreia crónica, uma vez por dia por bastante tempo até o intestino regularizar).

Durante e após a ingestão de antibióticos (até 10 dias após o fim do tratamento).

Cândida e perturbações da flora intestinal. Fungos, parasitas.

Cansaço, ressaca e falta de energia.

Para reforçar o sistema digestivo três vezes por semana durante 1-2 meses.

Cistite (infecção urinária) e infecções em geral.




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