O ALIMENTO PREDILECTO DO CANCRO …
“ CANCRO: ORIGEM E TRATAMENTO
Dr. Martín Macedo
Geralmente a palavra cancro provoca medo. Existe um medo
generalizado em relação a este tema pois parece ser um inimigo quase
invencível. E as estatísticas não são nada tranquilizadoras. Em 1960, uma em
cada quatro pessoas foi diagnosticada com cancro pelo menos uma vez na vida. Em
1980, essa incidência subiu de um para três habitantes do mundo “civilizado”.
Em 2000 era de uma para duas.
É realmente alarmante. Metade da população mundial será
diagnosticada com algum tipo de cancro em algum momento da sua vida. E não se
pode dizer quando, se na infância, juventude ou idade avançada. E é uma doença
que geralmente não avisa. Quando aparece algum tumor detectável, a doença já
está bastante avançada. O diagnóstico “precoce” costuma chegar a seguir a um
processo de gestação da doença que leva talvez anos. As terapias clássicas da
ciência médica não têm podido travar esta incidência crescente durante os últimos
40 anos. A guerra contra o cancro tem fracassado rotundamente apesar dos gastos
milionários.
As terapias chamadas alternativas têm beneficiado grandemente a saúde das pessoas que as têm suportado, mas tão pouco têm podido travar o avanço do cancro. A maior parte dos terapeutas alternativos e ortodoxos não dão demasiada importância à alimentação. Estes na sua maioria continuam consumindo lácteos, açúcar e carnes vermelhas diariamente. E precisamente a origem do cancro está em grande medida relacionada com o que ingerimos diariamente.
Com a nossa visão de yin-yang, podemos compreender
claramente o funcionamento do cancro e cortar a verdadeira raiz que o alimenta
e impulsiona. O nosso princípio yin-yang é uma ferramenta de valor infinito. É
tão simples que a maior parte do mundo académico não lhe presta atenção. O
poder desta lei é inestimável. As suas aplicações são infinitas. Parece que a
humanidade tem de chegar a um beco sem saída para admitir que todos
necessitamos compreender estes princípios milenares para poder resolver os
grandes problemas que nos afectam a todos. Contudo apesar destas estatísticas
alarmantes, muitos obstinados continuam a procurar a solução nos seus
microscópios ou inventando teorias como que o cancro é causado pelo stress ou por
factores emocionais. Dizia Krishnamurti com razão, que as pessoas querem
crenças, não querem verdades. Porém, afortunadamente, temos este princípio e
vamos fazê-lo valer para resolver este enigma e qualquer outro que tenhamos de
enfrentar no futuro.
O cancro, é yin ou yang? Esta deve ser a nossa pergunta inicial.
Aparentemente tem um comportamento muito agressivo, muito
activo. As células estão muito activas, multiplicam-se rapidamente, avançam,
destroem o que se interpõe ao seu crescimento e rapidamente dão metástases que
mantêm esse incrível vigor expansivo. Este é o aspecto yang do cancro: muita
actividade, muita vitalidade.
Contudo também tem um aspecto yin: descontrolo. As células
malignas são imaturas, quer dizer, não são evoluídas, são aberrantes e,
portanto, são mais frágeis do que as células adultas, maduras e sensatas. A
quimioterapia geralmente mata-as com facilidade. A imaturidade é yin. Por outro
lado, o seu crescimento é caótico, louco, sem travão, sem controlo. O seu
objectivo, se é que se pode falar em objectivo, é crescer, crescer e crescer
até acabar com a vida do hóspede que está permitindo a sua assombrosa
“prosperidade”. É, portanto, uma total insensatez. E a insensatez é yin.
Yin não é mau, tão pouco é bom. O sabor doce é yin, a paz é yin,
porém o cancro é extremamente caótico. A tendência geral do cancro é yin de
qualidade extrema, pois a característica predominante, é a imaturidade e a
expansão caótica. O cancro é o cúmulo da desordem. É a loucura celular.
Contudo, essa componente muito activa e agressiva do
comportamento tumoral é yang. Portanto há uma combinação de extremos:
basicamente yin, mas também yang.
Alguns tumores são de crescimento lento e são considerados
benignos. Outros são de crescimento rápido e são considerados malignos. Os
tumores benignos não são considerados pela academia como cancros. De todas as
formas dentro dos malignos alguns têm crescimento muito agressivo e outros têm
um crescimento muito lento. Os tumores tiroideios e alguns prostáticos têm um
crescimento muito lento. Consideram-se de melhor prognóstico, contudo, são
cancros.
O cancro necessita de alimento. Tudo necessita de alimento. Porque o alimento é energia. A
energia faz funcionar tudo. Nada funciona sem energia. Um motor, um computador,
uma orquestra sinfónica, necessitam de energia para funcionar. Quando acaba a
energia, acaba a função. A energia faz funcionar o mundo. A energia faz
funcionar o cancro. A única forma de pará-lo é cortar o seu suprimento de
energia. Até agora a ciência tem tentado suprimi-lo quando está funcionando
em pleno e é muito difícil, porque ele irá procurar outras vias para continuar
funcionando. A célula maligna é imatura, não pode absorver nutrientes
complexos. Só coisas elementares, como o fazem os vírus ou as bactérias. As
células imaturas são muito parecidas aos vírus. São tão elementares, tão
básicas, que só absorvem coisas simples, prontas para fazer funcionar
activamente a célula.
Ou seja, açúcares simples, aminoácidos e gorduras. Os
aminoácidos são como proteínas elementares. Em contrapartida as células
saudáveis são altamente desenvolvidas e podem utilizar praticamente qualquer
material orgânico ou inorgânico e transformá-los no tipo de nutrientes que
necessitam. Os lácteos e as carnes de mamífero ou de aves, possuem proteínas
muito similares às nossas (pelo parentesco genético com o resto dos mamíferos).
A sua assimilação é muito fácil para o nosso corpo, pois economiza muito
trabalho para os converter em proteínas e gorduras humanas. Por outro lado, a
ausência de fibras torna mais rápida a sua incorporação na corrente sanguínea
fornecendo uma “oleada” de abundante nutrição para todas as células. O mesmo
ocorre com o açúcar branco e outros açúcares simples prontos a serem utilizados.
Bombardeiam as células com enormes quantidades de nutrição fáceis de utilizar.
E esse tipo de abundância é o ideal para que as células simples e toscas como
as cancerígenas iniciem o seu louco baile. Nutrientes fáceis de utilizar e em
quantidades abundantes.
Quando absorvemos uma nutrição tradicional, com cereais,
vegetais, feijões, algas e peixe (evolutivamente afastado dos mamíferos),
estamos fornecendo um grande volume de fibras, que tornam mais lenta e
dificultam a assimilação e a absorção. Como são nutrientes complexos muito
diferentes no seu ADN ao que constitui as nossas células, organismo e os seus
tecidos, dá-lhes tempo e trabalho usar estes nutrientes, que lentamente
enriquecem o sangue com tudo o que necessita.
Este sistema de nutrição é considerado muito “chato” pelas
células insensatas.
Elas querem festa, nutrientes abundantes e de produção imediata
de energia explosiva. Um pouco como os jovens numa festa. Se servirmos sumo de
cenoura e bolas de arroz integral que devem ser mastigadas cuidadosamente numa
destas festas, rapidamente se iniciaria uma risota geral e todo o tipo de
impropérios. Festa é festa. Há que soltar-se, libertar-se e descontrolar-se.
Nestas festas servem-se refrigerantes com muito açúcar, whisky, cerveja, vinho,
champagne, junto com snaks doces, tortas carregadas de açúcar, deliciosas e
muitos bocados de carnes vermelhas, fiambres, frango, ovo e carne de porco.
Todos alimentos explosivos, que passam rapidamente para a corrente sanguínea
produzindo uma euforia celular, uma abundância de açúcares, proteínas de
absorção instantânea e gorduras que aumentam a disponibilidade de calorias para
as exigências físicas da festa. Esta experiência alegre e divertida é muito
recomendável de vez em quando. Mas se esta forma festiva de nos alimentarmos
está no frigorífico da nossa cozinha todos os dias, com alimentos deliciosos,
gordos, com refrigerantes doces e sobretudo a possibilidade de tomá-los quando
quisermos, já que só há que abrir o refrigerador, a primeira consequência será o
aumento de peso. Mas não nos importa ter uns quilitos a mais pois é indicação
de estar “bem alimentado” e como toda a gente está mais ou menos gorda, é o
“normal”.
Se o nosso frigorífico tiver alguma coisa em falta, não há que nos inquietar. Muito perto de nossa casa há grandes lojas de alimentos com horários muito extensos onde conseguir com grande facilidade e a preços muito acessíveis tudo aquilo que é apetitoso. E se estamos com pouca vontade de sair simplesmente telefonamos do nosso cómodo lar e em poucos minutos temos uma pizza, uma mussarela, um hambúrguer ou a sobremesa da nossa preferência.
Há 150 anos este tipo de “nível de vida” era impensável. Agora
as pessoas estão com peso a mais, preguiçosas, não trabalham duro fisicamente,
a vida é mais cómoda graças ao progresso tecnológico. Depois de 200 ou 300 anos
de industrialização, os actuais alimentos são muito diferentes dos alimentos
dos nossos antepassados. Antigamente as pessoas obtinham com muito esforço
físico e trabalho manual os alimentos que precisavam para sobreviver. Não havia
tecnologia para alterá-los na sua maior parte. A única tecnologia era a cozinha
caseira.
Os jovens actualmente não querem comer vegetais, nem muito menos
cereais integrais em grão. Todos querem comidas muito saborosas de fácil
absorção: hambúrgueres, coca-cola, gelados, iogurtes ou batatas fritas.
E os menos jovens também. Por eles fariam festa toda a vida. Mas
depois dos 30 ou 40 anos a maioria não aguenta a ressaca das festas e tem de começar
muito relutantemente a “cuidar-se”.
Aí está. A origem do
cancro. Não podemos viver em festa e
prevenir o cancro por mais que façamos check-ups semestrais. Os mesmos médicos
que pretendem tratar monopolicamente esta doença alimentam-se desta forma,
comendo em cantinas, comidas rápidas, deliciosas. Os animais selvagens não têm
este tipo de festa “civilizada” tal como os nativos que vivem como os seus
ancestrais, respeitando as suas tradições. Eles têm outro tipo de festa, a
festa da vida, da saúde exuberante, da coragem sem limites e da
autoconfiança de ferro resultante de viverem respeitando as leis divinas.
Para os civilizados esta vida e nutrição tradicional é muito
chata e pouco interessante. A sua mentalidade já está cancerosa. Inclinada para
o abuso e consumo sem travão.
Se retornarmos às nossas origens encontraremos a força e a
coragem para resolver os desafios que a vida nos oferece. A macrobiótica tem
como intenção retornarmos às nossas raízes ancestrais. As festas são
permitidas, incluindo o desenfreio ocasional ou crónico. Às vezes é o preço que
há que pagar para compreender que a verdadeira felicidade está na sabedoria e
na temperança. Se para compreender esta grandiosa lição há que passar por uma
doença grave, vale bem a pena esse preço.
Todos aprendemos com os erros e só com eles. Por isso não
devemos desanimar quando tropeçámos. Não há êxito sem erro e não há glória sem
agonia. Por isso a aventura da vida é tão emocionante.
E talvez o cancro faça despertar a Humanidade. “
É fácil reduzir tumores.
Demasiado fácil.
Mas as pessoas não o devem saber.
Porque iria criar uma grande crise no sistema de
saúde.
Grandes perdas económicas.
O tumor sente a necessidade de crescer.
Tal como as árvores e os insectos.
Crescei e multiplicai-vos ... (Gen 1:28)
A minha avó era católica e seguiu literalmente o mandato
divino.
E teve 13 filhos, e a mais nova é a minha mãe
(teve-a aos 46 anos), todos em casa com a ajuda da parteira.
Os tumores obedientes crescem e multiplicam-se.
Os tumores benignos fazem-no com calma e sossego.
Mas os tumores malignos fazem-no a toda a
velocidade.
A guerra contra o tumor é a guerra contra a
inteligência infinita.
Porque ela está em tudo e em todos.
É como a guerra no Médio Oriente.
É um conflito sem solução.
Os tumores são feitos de células doentes.
São aberrações celulares, todas imaturas, inúteis.
Na leucemia, a grande quantidade de glóbulos
brancos não significam mais defesas.
Porque são leucócitos inúteis, só causam problemas.
São lixo biológico.
A qualidade da nutrição actual hoje é a pior da
história do mundo.
A mais baixa qualidade de nutrição nutre a mais
baixa qualidade celular.
Se conseguirmos motivar o paciente a compreender
esta realidade e levá-lo a nutrir-se de uma forma rigorosamente saudável, ele
será salvo.
O tumor morrerá à fome porque não entrará mais
lixo no sistema que o contém.
Mas os tumores estão no seu melhor momento.
Milhões comem em bares, em cafetarias, em geladarias.
E tornaram-se tão viciados em comida de baixa qualidade
como os viciados em heroína ou em cocaína.
Se lhe for negada a sua nutrição, o tumor secará
como uma planta privada de água.
É tão fácil.
Tão económico.
Tão emocionante.
Mas isto não é para as pessoas saberem.
Nem tão pouco os médicos.
Há que aproveitar que o rio está revolto.
Porque nenhuma festa dura para sempre.
Dr. Martín Macedo (Uruguay) FaceBook/Reflexão do dia 7/7/2018.