AGRIÃO
O Nasturtium officinale é
uma crucífera ou brassicácea, como a couve, possuindo imensas virtudes, tanto
alimentares, como medicinais e é utilizado desde a antiguidade clássica,
sobretudo para afastar o temível escorbuto.
É originário da Europa, Ásia e América
do Norte.
PROPRIEDADES
· Adstringente, antiescorbútico,
anti-inflamatório, anti-térmico, cicatrizante descongestionante, diurético,
hidratante, expectorante, antisséptico das vias respiratórias, tónico,
digestivo e fluidificante.
· Muito rico em minerais – iodo, ferro,
fósforo, manganésio, cálcio, cobre, potássio – vitaminas (C, D, E, K, complexo
B, pró-vitamina A) e essências sulfuradas, tendo baixo valor calórico.
· Combate o ácido úrico, o raquitismo, a
cistite, a bronquite, os males do fígado, a diabetes, a tuberculose, os
problemas da vista e está ligado à formação dos glóbulos vermelhos do sangue.
·
Há quem recomende ferver o suco do
agrião com leite – em partes iguais – para tratar o catarro, a bronquite, o
reumatismo e o raquitismo.
·
Os fumadores inveterados – a quem lhes
falta a coragem para abandonar o vício -, podem minimizar alguns efeitos
nocivos do tabaco, comendo agriões.
· Há ainda quem receite suco fresco de
agrião para friccioar o couro cabeludo (ou não cabeludo !!) e até dizem que
cura a calvice … será ??? …
· É uma verdura comestível crua (em
saladas refrescantes e levemente picantes) ou cozinhada (em sopas, levemente
escaldados – 30 a 40 segundos - no final da cocção ou salteados por breves
segundos). Evitar deitar sal, para não aumentar o seu amargor característico.
· O cozimento adocica o seu sabor, aviva a
sua cor de um verde intenso, dá-lhe um sabor fresco e reforça a sua energia.
· No Japão, consomem-nos no Verão
salteados com milho e tofu, à maneira de ovos mexidos, a que adicionam no
último momento da receita. Crus ou cozidos, podem decorar sopas, guisados ou
o sushi. São deliciosos enrolados (aproveitando-se as folhas e os
caules longos), levemente escaldados, em alga Nori tostada – tipo sushi.
·
Nas saladas cruas, devem-se lavar muito
bem em várias águas para evitar a contaminação de bactérias e pequenos insectos
que podem causar doenças.
Aviso para quem anda ao agrião selvagem: não confundi-lo com a Rabaça ou outras umbelíferas que também aparecem nos cursos de água, pois, embora tendo aspecto diferente, é necessário estar com muita atenção, porque algumas podem ser nocivas.
AUTORES DE RFERÊNCIA
· Miguel Boieiro
· Aveline Kushi