CURCUMA
Propriedades
Indicações
Curcuma longa - medicinal, espontânea nas regiões tropicais, também
conhecida como açafrão-da-índia, açafrão-da-terra e turmérico.
Com o nome genérico
de curcuma existem cerca de 130 espécies pertencentes à família das Zingiberaceae, de que também faz parte o
gengibre.
A curcuma é uma
herbácea perene e rizomatosa que vegeta nas regiões de climas quentes e húmidos
com temperaturas entre os 20 e os 30 graus centígrados, necessitando de
acentuada pluviosidade para proliferar.
Vamos falar da Curcuma longa, originária da Índia, sua
principal produtora, consumidora e exportadora. Dos cerca de 3 milhões de
toneladas de especiarias produzidas por ano na Índia, a curcuma representa a
parte substancial, o que denota bem o seu valor. A denominação “curcuma” provém
do sânscrito, enquanto o termo inglês “turmeric” foi herdado enviesamente da
expressão latina “terra merita”.
Os rizomas,
cilíndricos, muito ramificados e aromáticos, de amarelo-alaranjado intenso,
constituem a parte utilizável desta planta. Secos e moídos formam um pó
amarelo, divulgado erradamente como açafrão. Ele é o principal constituinte do
caril e da “masala”. Estas misturas de várias especiarias são largamente
utilizadas na gastronomia do oriente há mais de 2 mil anos.
Foram determinados
alguns elementos da complexa rede de componentes químicos da curcuma,
nomeadamente: vitaminas B3, E e K, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio,
zinco, princípios amargos, ácidos orgânicos, resinas e sobretudo, óleos,
agrupando 34 essências.
PROPRIEDADES/INDICAÇÕES
A
curcuma é considerada desde a Idade Média uma das especiarias mais perfeitas,
limpa as infecções e reduz a inflamação. Bloqueia o desenvolvimento do cancro e
previne a demência. É particularmente útil para aqueles que sofrem de dores
articulares.
Estão
cientificamente comprovadas as propriedades anti-inflamatórias, antivirais,
antibacterianas, antialérgicas, analgésicas, antioxidantes, anticancerígenas, neuroprotectoras,
colagogas, carminativas, reguladoras do sistema digestivo, apoiantes das
funções do fígado e da bílis e estimulantes do sistema imunitário, desta
notabilíssima planta.
Embora prossigam
ainda aturadas investigações laboratoriais, são já imensas as indicações
curativas que lhe atribuem para: artrite reumatoide, epilepsia, diarreia,
amenorreia, hepatite, asma, acne, eczema, psoríase, diabetes, hidropisia,
úlceras gastroduodenais, colesterol, doenças neuro degenerativas como o
alzheimer e o cancro, etc.
Como analgésico, é
ideal para aliviar dores produzidas por golpes, lesões e hematomas.
Como
anti-inflamatório, bloqueia as enzimas que promovem a inflamação e a dor, sendo
os seus efeitos similares aos da cortisona, sem produzir reacções adversas ou
secundárias. Alivia artrites, artroses, dores de cabeça e menstruais.
A medicina chinesa
e a ayurvédica usam abundantemente a curcumina para combater inúmeras maleitas.
No âmbito da
medicina ayurvédica, é usada há mais de 4.000 anos nos tratamentos de
icterícia, flatulência, dores menstruais, urina com sangue, hematomas,
hemorragias, dores de dentes, cólicas, dor do peito, entre outras.
Determinante parece
ser a sua atividade como inibidora do desenvolvimento dos tumores malignos o
que constitui uma solução para debelar o flagelo do cancro. As estatísticas
mostram que a Índia possui, significativamente, uma das mais baixas taxas
mundiais de cancros do cólon, próstata e pulmão. Isso quer dizer alguma coisa!
Boa para o sistema
respiratório, ajuda a combater a gripe, resfriado, asma, bronquite.
Favorece a
circulação do sangue e depura o sistema linfático.
Na culinária é
quase infindável o leque de utilizações em ementas dos países asiáticos, quer
como corante alimentar, quer como especiaria gustativa, quer ainda como
conservante, uma vez que reduz a ação bacteriana e suprime a oxidação das
gorduras. Mesmo nos países ocidentais é cada vez mais corrente a sua
utilização.
Especialmente no
sudoeste asiático a curcuma tem papel relevante na preparação de champôs e
perfumes e para tingir tecidos de seda e de algodão das vestes dos monges
budistas e “saris”. Tem ainda funções folclóricas e religiosas e entra nos
ritos funerários do hinduísmo e do budismo.
EIS O PREPARO DE
UMA SIMPLES INFUSÃO:
Deita-se 1 litro
água fervente sobre 20 g de rizomas de curcuma, deixa-se repousar 15 minutos e
toma-se duas chávenas por dia após cada uma das principais refeições.
AUTORES E FONTES
DE REFERÊNCIA
· - Miguel
Boieiro
· - Clara
Castellotti – “Eco Dieta. Vivir en armonía com el entorno”, 2017.
· - Gérard
Wenker
· - Para
os curiosos, que dominem o francês, aqui fica um link de uma fórmula de base de
um antibiótico natural, que remonta à Europa Medieval, utilizado à época em
todas as espécies de doenças e epidemias, incluindo a peste (ingredientes:
curcuma, gengibre, rábano silvestre, pimentos picantes, cebola, alhos e vinagre
de cidra):