Thursday, January 5, 2023

 


CURCUMA

Propriedades

Indicações

 

Curcuma longa - medicinal, espontânea nas regiões tropicais, também conhecida como açafrão-da-índia, açafrão-da-terra e turmérico.

Com o nome genérico de curcuma existem cerca de 130 espécies pertencentes à família das Zingiberaceae, de que também faz parte o gengibre.

A curcuma é uma herbácea perene e rizomatosa que vegeta nas regiões de climas quentes e húmidos com temperaturas entre os 20 e os 30 graus centígrados, necessitando de acentuada pluviosidade para proliferar.

 

Vamos falar da Curcuma longa, originária da Índia, sua principal produtora, consumidora e exportadora. Dos cerca de 3 milhões de toneladas de especiarias produzidas por ano na Índia, a curcuma representa a parte substancial, o que denota bem o seu valor. A denominação “curcuma” provém do sânscrito, enquanto o termo inglês “turmeric” foi herdado enviesamente da expressão latina “terra merita”.

Os rizomas, cilíndricos, muito ramificados e aromáticos, de amarelo-alaranjado intenso, constituem a parte utilizável desta planta. Secos e moídos formam um pó amarelo, divulgado erradamente como açafrão. Ele é o principal constituinte do caril e da “masala”. Estas misturas de várias especiarias são largamente utilizadas na gastronomia do oriente há mais de 2 mil anos.

Foram determinados alguns elementos da complexa rede de componentes químicos da curcuma, nomeadamente: vitaminas B3, E e K, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, zinco, princípios amargos, ácidos orgânicos, resinas e sobretudo, óleos, agrupando 34 essências.

 

PROPRIEDADES/INDICAÇÕES

A curcuma é considerada desde a Idade Média uma das especiarias mais perfeitas, limpa as infecções e reduz a inflamação. Bloqueia o desenvolvimento do cancro e previne a demência. É particularmente útil para aqueles que sofrem de dores articulares.

Estão cientificamente comprovadas as propriedades anti-inflamatórias, antivirais, antibacterianas, antialérgicas, analgésicas, antioxidantes, anticancerígenas, neuroprotectoras, colagogas, carminativas, reguladoras do sistema digestivo, apoiantes das funções do fígado e da bílis e estimulantes do sistema imunitário, desta notabilíssima planta.

Embora prossigam ainda aturadas investigações laboratoriais, são já imensas as indicações curativas que lhe atribuem para: artrite reumatoide, epilepsia, diarreia, amenorreia, hepatite, asma, acne, eczema, psoríase, diabetes, hidropisia, úlceras gastroduodenais, colesterol, doenças neuro degenerativas como o alzheimer e o cancro, etc.

Como analgésico, é ideal para aliviar dores produzidas por golpes, lesões e hematomas.

Como anti-inflamatório, bloqueia as enzimas que promovem a inflamação e a dor, sendo os seus efeitos similares aos da cortisona, sem produzir reacções adversas ou secundárias. Alivia artrites, artroses, dores de cabeça e menstruais.

A medicina chinesa e a ayurvédica usam abundantemente a curcumina para combater inúmeras maleitas.

No âmbito da medicina ayurvédica, é usada há mais de 4.000 anos nos tratamentos de icterícia, flatulência, dores menstruais, urina com sangue, hematomas, hemorragias, dores de dentes, cólicas, dor do peito, entre outras.

Determinante parece ser a sua atividade como inibidora do desenvolvimento dos tumores malignos o que constitui uma solução para debelar o flagelo do cancro. As estatísticas mostram que a Índia possui, significativamente, uma das mais baixas taxas mundiais de cancros do cólon, próstata e pulmão. Isso quer dizer alguma coisa!

Boa para o sistema respiratório, ajuda a combater a gripe, resfriado, asma, bronquite.

Favorece a circulação do sangue e depura o sistema linfático.

Na culinária é quase infindável o leque de utilizações em ementas dos países asiáticos, quer como corante alimentar, quer como especiaria gustativa, quer ainda como conservante, uma vez que reduz a ação bacteriana e suprime a oxidação das gorduras. Mesmo nos países ocidentais é cada vez mais corrente a sua utilização.

Especialmente no sudoeste asiático a curcuma tem papel relevante na preparação de champôs e perfumes e para tingir tecidos de seda e de algodão das vestes dos monges budistas e “saris”. Tem ainda funções folclóricas e religiosas e entra nos ritos funerários do hinduísmo e do budismo.

 

EIS O PREPARO DE UMA SIMPLES INFUSÃO:

Deita-se 1 litro água fervente sobre 20 g de rizomas de curcuma, deixa-se repousar 15 minutos e toma-se duas chávenas por dia após cada uma das principais refeições.

 

AUTORES E FONTES DE REFERÊNCIA

·        -  Miguel Boieiro

·        -  Clara Castellotti – “Eco Dieta. Vivir en armonía com el entorno”, 2017.

·        -  Gérard Wenker

·      - Para os curiosos, que dominem o francês, aqui fica um link de uma fórmula de base de um antibiótico natural, que remonta à Europa Medieval, utilizado à época em todas as espécies de doenças e epidemias, incluindo a peste (ingredientes: curcuma, gengibre, rábano silvestre, pimentos picantes, cebola, alhos e vinagre de cidra):

http://www.wikistrike.com/2015/01/recette-de-l-antibiotique-naturel-le-plus-puissant-qui-tue-n-importe-laquelle-des-infections-dans-le-corps.html





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