Sunday, January 26, 2025

 

AS PROTEÍNAS … DELICIOSAS!!!

As proteínas são imprescindíveis para a formação dos tecidos: músculos, ossos, paredes celulares e mesmo os anticorpos que constituem uma parte das defesas do organismo. Devemos repor proteínas todos os dias para poder manter o organismo em funcionamento.

Nas crianças e jovens, as necessidades são maiores porque os seus corpos estão em desenvolvimento.

Os açúcares – hidratos de carbono, produzem energia. As proteínas sustentam a estrutura do organismo. As gorduras, constituem reservas energéticas. Os minerais e vitaminas, permitem o equilíbrio das funções orgânicas.

Quando não se ingere suficientes proteínas, acontece a desnutrição proteica; o peso baixa dramaticamente e o crescimento pára no caso das crianças.

No nosso país (Uruguai), a desnutrição proteica é pouco frequente, ainda que se possa ver nos extremos da vida: em crianças mal alimentadas e em anciães carenciados que perdem o interesse pelos alimentos.

Pessoalmente vi casos de desnutrição proteico-calórica em casas de “saúde” onde os pacientes anciães e psiquiátricos que ali residem, são nutridos com arroz branco, farinha de milho refinada e açúcar. Diariamente a sopa de arroz branco ½ grão (para animais de estimação), algumas pápas e cenouras. E é é tudo. Se algum residente reclama, argumentam que pode repetir todas as vezes que quiser. Mas o cheiro é nauseabundo: é preciso ter coragem para engolir um prato deste caldo.

Poucas vezes por semana se juntam uns ossos de pobre qualidade para dar “corpo” ao ensopado ou então uma ou duas colheres de carne picada, que na realidade não é carne, mas gordura. Novamente ninguém pode reclamar, pois podem comer as vezes que quiserem.

Todos estes pacientes têm graus mais ou menos avançados de desnutrição. Alguns são visitados por familiares que lhes levam alimentos extra e suprem desta forma as carências. Porém a maioria não tem ninguém; são pessoas carenciadas recolhidas na rua ou abandonadas pelas suas famílias que não querem voltar a saber nada dos seus familiares problemáticos, ainda que às vezes se trate dos seus próprios pais ou filhos.

Estes casos caracterizam-se por magreza extrema, debilidade muscular, anemia crónica e quedas frequentes que conduzem a fracturas e permanências prolongadas na cama.

Isto pela sua vez produz úlceras nas zonas de apoio (escaras) que infectam; a infecção passa rapidamente para o aparelho urinário e aos pulmões, determinando a morte por infecção generalizada (septicemia). Os pacientes desnutridos não têm defesas e sucumbem facilmente às infecções comuns.

Contudo, na maior parte dos uruguaios, o problema não está na carência, mas no excesso de proteínas animais: isto conduz ao excesso de peso, doenças cardiovasculares e formação de tumores. Por outro lado, as doenças osteoarticulares – artroses, artrites, dores ciáticas e gota – devem-se também ao abuso de proteínas animais.

Existem dois tipos de proteínas para consumo humano: de origem animal e de origem vegetal. A proteína de origem animal é mais atraente para a maior parte das pessoas, porque produz um efeito energético rápido e dá força aos músculos e ao coração. A sua assimilação e incorporação nos nossos tecidos é mais fácil e rápida, porque as proteínas da vaca ou do cordeiro são mais parecidas às proteínas humanas.

Por outo lado, as proteínas vegetais, bem diferentes das nossas, requerem uma laboriosa tarefa de desmontar as proteínas e construir estruturas proteicas humanas, o que exige mais tempo e energia.

Em poucas palavras, a proteína animal é mais fácil e rápida de assimilar, porque a vaca e o cordeiro fazem o trabalho por nós. O problema é que ficamos dependentes da carne e não podemos viver sem ela.

Mas se nos obrigarmos a utilizar maioritariamente nutrientes proteicos de origem vegetal, essa capacidade é reactivada, podendo vivermos tanto com carnes como com leguminosas.

TUDO É UMA QUESTÃO DE HÁBITO. A proteína vegetal é mais saudável. Comer muita carne e lácteos só conduz à obesidade, cancro, doenças cardiovasculares, artroses e envelhecimento prematuro.

As pessoas vegetarianas mantêm-se jovens e vivem por mais tempo saudáveis.

O abuso sistemático de proteína animal, leva à intoxicação e a um sem fim de adversidades. Dependendo da resistência de cada pessoa, mais tarde ou mais cedo vai sofrer de hipertensão, arteriosclerose … se continua consumindo carne todos os dias. Além disso, o seu consumo leva a desejos incontroláveis de açúcar, doces e frutas, o que produz diabetes e mais gorduras e obesidade, juntamente com maior incidência de tumores benignos e malignos.

Por outro lado, a ingestão de carne, produz maior agressividade e egoísmo. As nações altamente espirituais como a Índia, China, Japão e outras nações asiáticas, têm uma marcada tendência para o vegetarianismo; ao passo que os países mais carnívoros como os EUA, Inglaterra, França, Alemanha e outras nações ocidentais, lançaram-se à conquista dos domínios materiais e protagonizaram as guerras mais atrozes e sanguinárias da História.  Autodenominam-se “desenvolvidos”, mas só nos domínios materiais e económicos; porém, são os menos desenvolvidos espiritualmente e tendem a explorar e a oprimir outras nações mais fracas e pobres.

Quanta mais carne se consome, mais se dificulta o desenvolvimento espiritual e mais doenças e calamidades ocorrem.

Tudo isto degrada o ser humano e pouco a pouco converte-se numa espécie de demónio voraz; por isso o mundo às vezes parece um inferno.

O ser humano nasce por natureza, “amante da paz e do bem comum”. Contudo obrigam os bebés a comer carne; as mães dão carne vermelha às crianças por medo de que enfraqueçam.

Depois, vem a habituação e a dependência ao efeito YANG quase instantâneo, que dão as proteínas animais. então é quase impossível deter-se e pouco a pouco o ser humano vai-se convertendo num ser brutal, obcecado com conquistas dos aspectos materiais da vida.

Produz-se uma competência impiedosa, onde se aplica a lei do mais forte. Claro que isto não é absoluto e é contrabalançado pela educação e pelo ambiente familiar.

Mas, obviamente que o consumo de muita carne constitui um sério obstáculo para desenvolver ao máximo o nosso potencial humano e espiritual.

A maior parte dos líderes políticos, cientistas notáveis, professores, mestres, médicos e dirigentes, são profundamente carnívoros e por isso menos sensíveis às vibrações subtis do mundo espiritual.

Enquanto os líderes mundiais forem tão Yang, será difícil construir um mundo em paz.

A chave para a paz e saúde mundiais, está na tomada de consciência da importância do alimento, como determinante do comportamento humano e das relações entre as nações. A espiritualidade e a paz são Yin.

Não admito nem recomendo o vegetarianismo fanático, aos que não provam nem um pequeno peixe. Pode-se ingerir pequenas porções de proteínas animais, mas 80 a 90%, das proteínas deveriam ser provenientes de cereais integrais, leguminosas, frutas secas e outras fontes vegetais. Isso permite uma saúde óptima e uma espiritualidade profunda que brota espontaneamente.

As pessoas comem carne por prazer. Se os governos desalentassem o consumo de carne, as pessoas seriam menos violentas e este mundo seria muito mais agradável.

Há mulheres que alimentam os seus maridos com muita carne; elas deveriam saber, que se reduzissem o consumo de tais comidas, teriam maior harmonia no seu lar. É mais fácil prepara uma costeleta com puré ou papas fritas, que uma esmerada ceia vegetariana. Mas às vezes o fácil paga-se caro. Se elas os nutrem com demasiada proteína animal, estarão estimulando o gérmen da violência, latente em cada ser humano.

Pouco a pouco o homem converter-se-á num ser violento e se não consegue controlar a sua agressividade ou se consome álcool, poderá eventualmente agredir a sua mulher e filhos …

Tudo pelas deliciosas proteínas!!!!!!!!!

Dr.. Martín Macedo, 2008.

 



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