AS PROTEÍNAS … DELICIOSAS!!!
As proteínas são imprescindíveis para a formação dos tecidos:
músculos, ossos, paredes celulares e mesmo os anticorpos que constituem uma
parte das defesas do organismo. Devemos
repor proteínas todos os dias para poder manter o organismo em funcionamento.
Nas crianças e jovens, as necessidades são maiores porque os
seus corpos estão em desenvolvimento.
Os açúcares – hidratos
de carbono, produzem energia. As proteínas sustentam a estrutura do organismo.
As gorduras, constituem reservas energéticas. Os minerais e vitaminas, permitem
o equilíbrio das funções orgânicas.
Quando não se ingere suficientes proteínas, acontece a
desnutrição proteica; o peso baixa dramaticamente e o crescimento pára no caso
das crianças.
No
nosso país (Uruguai), a desnutrição proteica é pouco frequente, ainda que se
possa ver nos extremos da vida: em crianças mal alimentadas e em anciães
carenciados que perdem o interesse pelos alimentos.
Pessoalmente vi casos de desnutrição proteico-calórica em casas
de “saúde” onde os pacientes anciães e psiquiátricos que ali residem, são
nutridos com arroz branco, farinha de milho refinada e açúcar. Diariamente a
sopa de arroz branco ½ grão (para animais de estimação), algumas pápas e
cenouras. E é é tudo. Se algum residente reclama, argumentam que pode repetir
todas as vezes que quiser. Mas o cheiro é nauseabundo: é preciso ter coragem
para engolir um prato deste caldo.
Poucas vezes por semana se juntam uns ossos de pobre qualidade
para dar “corpo” ao ensopado ou então uma ou duas colheres de carne picada, que
na realidade não é carne, mas gordura. Novamente ninguém pode reclamar, pois
podem comer as vezes que quiserem.
Todos estes pacientes têm graus mais ou menos avançados de
desnutrição. Alguns são visitados por familiares que lhes levam alimentos extra
e suprem desta forma as carências. Porém a maioria não tem ninguém; são pessoas
carenciadas recolhidas na rua ou abandonadas pelas suas famílias que não querem
voltar a saber nada dos seus familiares problemáticos, ainda que às vezes se
trate dos seus próprios pais ou filhos.
Estes casos caracterizam-se por magreza extrema, debilidade
muscular, anemia crónica e quedas frequentes que conduzem a fracturas e
permanências prolongadas na cama.
Isto
pela sua vez produz úlceras nas zonas de apoio (escaras) que infectam; a
infecção passa rapidamente para o aparelho urinário e aos pulmões, determinando
a morte por infecção generalizada (septicemia). Os pacientes desnutridos não
têm defesas e sucumbem facilmente às infecções comuns.
Contudo, na maior parte dos
uruguaios, o problema não está na carência, mas no excesso de proteínas
animais: isto conduz ao excesso de peso, doenças
cardiovasculares e formação de tumores. Por outro lado, as doenças
osteoarticulares – artroses, artrites, dores ciáticas e gota – devem-se também
ao abuso de proteínas animais.
Existem dois tipos de proteínas para consumo humano: de origem animal e de origem vegetal.
A proteína de origem animal é mais atraente para a maior parte das pessoas,
porque produz um efeito energético rápido e dá força aos músculos e ao coração.
A sua assimilação e incorporação nos nossos tecidos é mais fácil e rápida,
porque as proteínas da vaca ou do cordeiro são mais parecidas às proteínas
humanas.
Por outo lado, as proteínas vegetais, bem diferentes das nossas,
requerem uma laboriosa tarefa de desmontar as proteínas e construir estruturas
proteicas humanas, o que exige mais tempo e energia.
Em poucas palavras, a proteína animal é mais fácil e rápida de
assimilar, porque a vaca e o cordeiro fazem o trabalho por nós. O problema é
que ficamos dependentes da carne e não podemos viver sem ela.
Mas
se nos obrigarmos a utilizar maioritariamente nutrientes proteicos de origem
vegetal, essa capacidade é reactivada, podendo vivermos tanto com carnes como
com leguminosas.
TUDO É UMA QUESTÃO DE
HÁBITO. A proteína vegetal é mais saudável. Comer
muita carne e lácteos só conduz à obesidade, cancro, doenças cardiovasculares,
artroses e envelhecimento prematuro.
As pessoas vegetarianas mantêm-se jovens e vivem por mais tempo
saudáveis.
O abuso sistemático de proteína animal, leva à intoxicação e a
um sem fim de adversidades. Dependendo da resistência de cada pessoa, mais
tarde ou mais cedo vai sofrer de hipertensão, arteriosclerose … se continua
consumindo carne todos os dias. Além disso, o seu consumo leva a desejos
incontroláveis de açúcar, doces e frutas, o que produz diabetes e mais gorduras
e obesidade, juntamente com maior incidência de tumores benignos e malignos.
Por outro lado, a ingestão de carne, produz maior agressividade
e egoísmo. As nações altamente espirituais como a Índia, China, Japão e outras
nações asiáticas, têm uma marcada tendência para o vegetarianismo; ao passo que
os países mais carnívoros como os EUA, Inglaterra, França, Alemanha e outras
nações ocidentais, lançaram-se à conquista dos domínios materiais e
protagonizaram as guerras mais atrozes e sanguinárias da História. Autodenominam-se “desenvolvidos”, mas só nos
domínios materiais e económicos; porém, são os menos desenvolvidos
espiritualmente e tendem a explorar e a oprimir outras nações mais fracas e
pobres.
Quanta mais carne se consome, mais se dificulta o
desenvolvimento espiritual e mais doenças e calamidades ocorrem.
Tudo isto degrada o ser humano e pouco a pouco converte-se numa
espécie de demónio voraz; por isso o mundo às vezes parece um inferno.
O ser humano nasce por natureza, “amante da paz e do bem comum”.
Contudo obrigam os bebés a comer carne; as mães dão carne vermelha às crianças
por medo de que enfraqueçam.
Depois, vem a habituação e a dependência ao efeito YANG quase
instantâneo, que dão as proteínas animais. então é quase impossível deter-se e
pouco a pouco o ser humano vai-se convertendo num ser brutal, obcecado com
conquistas dos aspectos materiais da vida.
Produz-se uma competência impiedosa, onde se aplica a lei do
mais forte. Claro que isto não é absoluto e é contrabalançado pela educação e
pelo ambiente familiar.
Mas, obviamente que o consumo de muita carne constitui um sério
obstáculo para desenvolver ao máximo o nosso potencial humano e espiritual.
A maior parte dos líderes políticos, cientistas notáveis,
professores, mestres, médicos e dirigentes, são profundamente carnívoros e por
isso menos sensíveis às vibrações subtis do mundo espiritual.
Enquanto
os líderes mundiais forem tão Yang, será difícil construir um mundo em paz.
A chave para a paz e saúde mundiais, está na tomada de
consciência da importância do alimento, como determinante do comportamento
humano e das relações entre as nações. A espiritualidade e a paz são Yin.
Não admito nem recomendo o vegetarianismo fanático, aos que não
provam nem um pequeno peixe. Pode-se ingerir pequenas porções de proteínas
animais, mas 80 a 90%, das proteínas deveriam ser provenientes de cereais
integrais, leguminosas, frutas secas e outras fontes vegetais. Isso permite uma
saúde óptima e uma espiritualidade profunda que brota espontaneamente.
As pessoas comem carne por prazer. Se os governos desalentassem
o consumo de carne, as pessoas seriam menos violentas e este mundo seria muito
mais agradável.
Há mulheres que alimentam os seus maridos com muita carne; elas
deveriam saber, que se reduzissem o consumo de tais comidas, teriam maior
harmonia no seu lar. É mais fácil prepara uma costeleta com puré ou papas
fritas, que uma esmerada ceia vegetariana. Mas às vezes o fácil paga-se caro.
Se elas os nutrem com demasiada proteína animal, estarão estimulando o gérmen
da violência, latente em cada ser humano.
Pouco a pouco o homem converter-se-á num ser violento e se não
consegue controlar a sua agressividade ou se consome álcool, poderá
eventualmente agredir a sua mulher e filhos …
Tudo pelas deliciosas
proteínas!!!!!!!!!
Dr.. Martín Macedo, 2008.
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