A MACROBIÓTICA:
UM PROJECTO POLÍTICO PARA UM MUNDO NOVO
Por: Gérard Wenker
Perigosa
para os estados, subversiva para as igrejas,
a
macrobiótica e as receitas de vida longa foram atacadas,
denegridas
e ridicularizadas durante séculos.
Até
que nos anos 1929-1935, um japonês,
GEORGES
OHSAWA,
confrontado
com os limites da medicina moderna no seu país, ...
redescobriu
as virtudes da dieta macrobiótica ...
A macrobiótica é
uma arte de viver livremente, de acordo com as leis da ordem universal.
- Livre de pensar
livremente
- Livre de viver
com saúde
- Livre de morrer
no momento escolhido
- Livre de viver
num mundo de paz.
Viver livre não é mais
do que uma ilusão, se tivermos sido formatados para caber no molde que a
sociedade nos preparou para o nosso bem e para o bem de todos.
Viver livre, não é uma
liberdade real, se formos deficientes, se formos doentes mentais, se estivermos
gravemente doentes, se tivermos fome, se formos obesos, se estivermos na
prisão, se estivermos desempregados, se formos sem abrigo. Se não soubermos
porquê!
Livres de morrer
sim, mas não aos 20 anos, não condenados à morte pela justiça ou pela medicina,
não de fome, não nos campos de batalha, não retalhado pela liberdade, não
gritando PORQUÊ!...
Livre de viver em paz num mundo de
paz. Não sonhe!! Pensa que estes dramas humanos são uma fatalidade, um castigo,
uma condenação, talvez até mesmo merecida, por ter pecado. E de qualquer forma,
não há escolha, temos de passar por isso, é o nosso karma: inch´Allah.
Não, não é se Deus
quiser, mas apenas o que nós quisermos, se nós o quisermos. Para todos os que
recusam o inexorável, existe um caminho, um método, uma filosofia ou uma
doutrina, pouco importa o nome que lhe queiram chamar, que é realista, viável e
praticável, nós chamamos-lhe macrobiótica, e é uma arte de viver que melhora a
condição humana e proporciona a verdadeira liberdade através do conhecimento.
Uma arte de viver
que existe há milhares de anos, uma arte de viver de tal modo eficaz que foi
sempre confiscada pelas elites e pelos poderes para seu próprio uso.
A fim de manter a sua exclusividade, cada época tornou o seu uso mais obscuro - astrologia, numerologia, alquimia e as sucessivas traduções desviaram finalmente o verdadeiro propósito da macrobiótica, que era o de dar a cada indivíduo os meios para ser responsável pela sua saúde e pela sua longevidade.
Perigosa para os
estados, subversiva para as igrejas, a macrobiótica e as receitas de vida longa
foram atacadas, denegridas e ridicularizadas durante séculos. Forçada a
refugiar-se no hermetismo, a macrobiótica sobreviveu, mas de forma distorcida,
em algumas escolas esotéricas ocidentais.
No século XX tinha
desaparecido completamente, substituída pela dietética, pelas preparações
farmacêuticas cada vez mais eficazes e pelas vacinações obrigatórias.
Nos anos 1929-1935, um japonês, Georges Ohsawa, confrontado com os limites da medicina moderna no seu país, foi para França, para Paris, e inscreveu-se na Sorbonne, frequentou o Instituto Pasteur e a Biblioteca Nacional, e foi lá que redescobriu as virtudes da dieta macrobiótica, provavelmente em livros antigos consagrados a esta especialidade. (De Triplici Vita).
Após numerosas
viagens e múltiplas aventuras, regressou a França em 1957 para apresentar uma
nova macrobiótica totalmente renovada e revitalizada pelo Princípio Único do
Extremo Oriente e pela Dialéctica Taoísta.
O sucesso foi
imediato, e em poucos anos milhares de seguidores converteram-se aos segredos
da cozinha macrobiótica. Um livro intitulado "Macrobiotic Zen" vendeu
mais de um milhão de exemplares, e de agora em diante cada cidade tem um ou
mais restaurantes macrobióticos, foram criados centros de ensino em todos os
países da Europa. Muitas pessoas doentes recuperaram a sua saúde e muitas mais
estão a dar sentido às suas vidas, mudando as suas vidas.
Após séculos na
sombra, em duas décadas esta arte de viver de acordo com a ordem do universo
floresceu em quase todo o planeta, e fomos levados a acreditar que poderia ser
o início de uma nova era dourada para a humanidade.
Mas atenção, as
forças retrógradas estão vigilantes, os guardiães da ordem mudaram, primeiro
foi a ordem clerical nos séculos passados, depois os estados e as suas forças
de ordem, e agora é a ordem dos médicos e dos seus vassalos, ou talvez o
oposto, as multinacionais farmacêuticas.
Homeopatia - efeito
placebo, sem moléculas activas; golpes, esquemas.
Medicina energética
– não há provas científicas.
Ah sim! quase me
esquecia daqueles que agem na sombra, os lobbies agro-alimentares,
retransmitidos pelos cientistas que recebem ordens.
- A B12 - sem
salvação fora do fígado de vaca.
- O Cálcio - uma estrutura óssea
de betão com produtos lácteos em abundância.
À excepção de
curtos períodos de expansão, no século III, na Renascença e no século XX com G.
Ohsawa, a macrobiótica e todas as disciplinas adjacentes que advogam regras
naturais de saúde, de rejuvenescimento ou de longevidade sempre foram
combatidas pelos poderes estabelecidos.
Mas porque é que a
macrobiótica mete tanto medo aos governantes, o que é tem de tão subversivo, o
que é que ela ensina tão perigoso para ser vigiada, condenada e até interdita?
Mesmo que na nossa época liberal os métodos tenham mudado e já não “queimem”,
continuam ainda e sempre a denegrir, a ridicularizar e a condenar a
macrobiótica.
As regras
macrobióticas sempre reflectiram as grandes leis da ordem universal. Respeitar
estas leis na vida quotidiana para viver uma vida longa e de boa saúde é a tese
fundamental do modo de vida macrobiótico.
Mas a prática
regular desta arte de viver proporciona ainda algo mais, algo muito mais
perigoso para os poderes, sejam eles democráticos ou totalitários, capitalistas
ou monárquicos - "A macrobiótica melhora o julgamento e desenvolve uma
consciência universal”.
Eis o verdadeiro
perigo, o Estado moderno delegou os seus poderes para melhor governar. A
sociedade cuida de tudo por e para nós, para o nosso e para o seu bem no melhor
dos mundos.
- O pensamento para
a educação e instrução
- A saúde para a
ordem dos médicos
- A ordem para as
forças da ordem
- A mortalidade para
as estatísticas do estado
- A paz para os
militares
- O conhecimento
para os cientistas
- As crenças para
as igrejas.
- Portanto, não
deixar desenvolver de jeito nenhum um movimento que advoga a liberdade através
de escolha pessoal que desafia a razão do Estado.
***
E nós - e nós então
... o que nos resta! Na realidade, pouca coisa, apenas uma coisa aparentemente
insignificante, mas na realidade a mais importante de todas, que pode ser
resumida numa pequena frase: "Nós somos o que comemos".
É sobre esta
simples constatação, que à primeira vista nada tem de subversiva, que as doutrinas
macrobióticas têm sido construídas ao longo dos séculos.
Mudar a sua
alimentação e a forma de comer, reforçadas no século XX pela reflexão yin-yang
da dialéctica taoísta, introduzida no Ocidente por um japonês chamado
Georges Ohsawa, é a última liberdade individual que nos resta.
Quando sabemos que
este método, permite:
- evitar a maioria
das doenças, podemos estar certos de que seremos capazes de
- curar as doenças
degenerativas
- reforçar a força
vital e o sistema imunitário
- manter uma
família saudável.
- desenvolver o
próprio nível de consciência
- resolver o
problema da fome no mundo
- construir um
mundo de paz
Compreende-se
melhor o impacto da macrobiótica - esta via para a saúde e a paz, através da
evolução biológica e espiritual - se ela se estendesse a milhões de pessoas ou
se se estabelecesse em vários países.
Não, não, não; a
macrobiótica não passará - aqueles que nada sabem vigiam os seus bens. Por
detrás das maiores siglas das organizações mundiais - ONU-OMS-FMI-OMC-G8 –
escondem-se os vigilantes do bezerro de ouro.
Sobretudo nenhum humano saudável,
que se estão a sair bem, isso não daria nenhum lucro.
Eis os 7 Artigos da
Revolução Biológica recomendados pela nova macrobiótica. O nº 1 é prioritário, é
inútil ir mais longe enquanto não tivermos assimilado pelo menos as noções
básicas yin-yang.
1. Aprender a reconhecer o jogo
permanente das duas forças antagónicas e complementares yin e yang. Utilizá-las
como guia para compreender o jogo da vida na natureza, no nosso corpo, nos
nossos comportamentos e em todos os fenómenos que nos rodeiam.
2. A fim de respeitar as polaridades
harmoniosas da natureza, é aconselhável não utilizar produtos alimentares
contendo aditivos químicos, e de dar a prioridade aos alimentos provenientes de
uma agricultura biológica, artesanal e regional.
3. Consumir frutas e legumes provenientes
da mesma zona climática em que vivemos, respeitando a estação natural da
vegetação de crescimento biológico de cada planta.
Introduzir regularmente na dieta legumes
selvagens locais e legumes do mar (algas) sempre que possível.
4. O consumo de produtos de origem
animal deve satisfazer três critérios:
a) Comer espécies que não fogem.
b) Comer as espécies que são
biologicamente mais afastadas de nós.
c) Não ingerir subprodutos animais provenientes
de roubo ou apropriação indevida.
d) Rejeitar totalmente os produtos
lácteos: Estes produtos não são concebidos para o consumo humano e além do mais
têm taxas elevadas de herbicidas, antibióticos e hormonas. A nível psíquico, os
produtos lácteos mantêm-nos a um nível infantil.
(O leite é para os bezerros e o
mel para as abelhas se alimentarem durante o Inverno).
5. Composição do prato macrobiótico padrão de base:
6. Quadro original das 10 formas de comermos
segundo o método macrobiótico, tal como aparece em "Macrobiotica
Zen".
Eis o comentário
que acompanha este quadro:
“Beba o mínimo
possível. Se não alcançar o bem-estar que deseja, experimente o regime que está
acima. O mais alto, o nº 7, é o mais fácil; os mais baixos são os mais difíceis”.
Nota: Por mais fácil, G.O. queria
dizer mais fácil de equilibrar de acordo com yin e yang, e por mais difícil,
pode-se compreender que quanto mais ingredientes diferentes, mais experiência é
necessária.
7. "No Credo" - não acreditar mas sim compreender
para se chegar a uma convicção pela sua própria reflexão. Crença, fé e
superstição são na realidade sinónimo de ignorância.
"Vivere pavro" saber contentar-se com o
essencial sem desperdiçar os dons da vida. Ser grato por tudo o que recebemos.
Como podemos constatar, estas
regras, que são apenas recomendações, revelam antes de mais bom senso e seriam
perfeitamente inofensivas para os Estados, se não fizessem parte de uma
sociedade onde o consumo excessivo e o lucro são os principais pilares da
economia e a economia o único barómetro dos governos em vigor. Os lobbies da
indústria agro-alimentar (carne industrial, lacticínios, cereais, moagem, etc.)
associados aos grandes grupos químicos certificam-se de que ninguém põe um
travão à sua expansão. Desinformação, corrupção, manipulação científica, tudo é
bom e feito para desacreditar o movimento macrobiótico mundial.
Num futuro próximo,
uma geração, no máximo, se as condições de degradação do planeta continuarem ao
mesmo ritmo, o modo de vida macrobiótico será talvez a única saída possível
para os sobreviventes de uma humanidade laminada por cataclismos naturais,
fome, sede e poluição química dos quatro elementos essenciais à vida (terra,
água, ar e alimentos), todos eles a par de uma forte regressão dos nossos
sistemas imunitários, levando à degeneração da espécie humana.
Assim, um conselho, saltemos com
toda a liberdade para o barco salva-vidas chamado "macrobiótica".
Enquanto ainda há tempo, preparemo-nos para enfrentar longos períodos de fome, reforcemos
os nossos sistemas imunitários, aprendamos a sobreviver com o "vivere
pavro" e o respeito das verdadeiras leis da ordem universal através do
"Non Credo".
Milhares de pioneiros em todo o
mundo já tentaram a aventura da "Grande Vida", juntem-se a eles, um
novo mundo está a ser preparado, um mundo de saúde e de paz. Bem-vindos a esta
nova idade de ouro aqui e agora.
Gérard
Wenker -
Setembro de 2003
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