Tuesday, January 24, 2023

 


A MACROBIÓTICA:

UM PROJECTO POLÍTICO PARA UM MUNDO NOVO

Por: Gérard Wenker

Perigosa para os estados, subversiva para as igrejas,

a macrobiótica e as receitas de vida longa foram atacadas,

denegridas e ridicularizadas durante séculos.

Até que nos anos 1929-1935, um japonês,

GEORGES OHSAWA,

confrontado com os limites da medicina moderna no seu país, ...

redescobriu as virtudes da dieta macrobiótica ...

 

A macrobiótica é uma arte de viver livremente, de acordo com as leis da ordem universal.

- Livre de pensar livremente

- Livre de viver com saúde

- Livre de morrer no momento escolhido

- Livre de viver num mundo de paz.

Viver livre não é mais do que uma ilusão, se tivermos sido formatados para caber no molde que a sociedade nos preparou para o nosso bem e para o bem de todos.

Viver livre, não é uma liberdade real, se formos deficientes, se formos doentes mentais, se estivermos gravemente doentes, se tivermos fome, se formos obesos, se estivermos na prisão, se estivermos desempregados, se formos sem abrigo. Se não soubermos porquê!

Livres de morrer sim, mas não aos 20 anos, não condenados à morte pela justiça ou pela medicina, não de fome, não nos campos de batalha, não retalhado pela liberdade, não gritando PORQUÊ!...

Livre de viver em paz num mundo de paz. Não sonhe!! Pensa que estes dramas humanos são uma fatalidade, um castigo, uma condenação, talvez até mesmo merecida, por ter pecado. E de qualquer forma, não há escolha, temos de passar por isso, é o nosso karma: inch´Allah.

Não, não é se Deus quiser, mas apenas o que nós quisermos, se nós o quisermos. Para todos os que recusam o inexorável, existe um caminho, um método, uma filosofia ou uma doutrina, pouco importa o nome que lhe queiram chamar, que é realista, viável e praticável, nós chamamos-lhe macrobiótica, e é uma arte de viver que melhora a condição humana e proporciona a verdadeira liberdade através do conhecimento.

Uma arte de viver que existe há milhares de anos, uma arte de viver de tal modo eficaz que foi sempre confiscada pelas elites e pelos poderes para seu próprio uso.

A fim de manter a sua exclusividade, cada época tornou o seu uso mais obscuro - astrologia, numerologia, alquimia e as sucessivas traduções desviaram finalmente o verdadeiro propósito da macrobiótica, que era o de dar a cada indivíduo os meios para ser responsável pela sua saúde e pela sua longevidade.

Perigosa para os estados, subversiva para as igrejas, a macrobiótica e as receitas de vida longa foram atacadas, denegridas e ridicularizadas durante séculos. Forçada a refugiar-se no hermetismo, a macrobiótica sobreviveu, mas de forma distorcida, em algumas escolas esotéricas ocidentais.

No século XX tinha desaparecido completamente, substituída pela dietética, pelas preparações farmacêuticas cada vez mais eficazes e pelas vacinações obrigatórias.

Nos anos 1929-1935, um japonês, Georges Ohsawa, confrontado com os limites da medicina moderna no seu país, foi para França, para Paris, e inscreveu-se na Sorbonne, frequentou o Instituto Pasteur e a Biblioteca Nacional, e foi lá que redescobriu as virtudes da dieta macrobiótica, provavelmente em livros antigos consagrados a esta especialidade. (De Triplici Vita).

Após numerosas viagens e múltiplas aventuras, regressou a França em 1957 para apresentar uma nova macrobiótica totalmente renovada e revitalizada pelo Princípio Único do Extremo Oriente e pela Dialéctica Taoísta.

O sucesso foi imediato, e em poucos anos milhares de seguidores converteram-se aos segredos da cozinha macrobiótica. Um livro intitulado "Macrobiotic Zen" vendeu mais de um milhão de exemplares, e de agora em diante cada cidade tem um ou mais restaurantes macrobióticos, foram criados centros de ensino em todos os países da Europa. Muitas pessoas doentes recuperaram a sua saúde e muitas mais estão a dar sentido às suas vidas, mudando as suas vidas.

Após séculos na sombra, em duas décadas esta arte de viver de acordo com a ordem do universo floresceu em quase todo o planeta, e fomos levados a acreditar que poderia ser o início de uma nova era dourada para a humanidade.

Mas atenção, as forças retrógradas estão vigilantes, os guardiães da ordem mudaram, primeiro foi a ordem clerical nos séculos passados, depois os estados e as suas forças de ordem, e agora é a ordem dos médicos e dos seus vassalos, ou talvez o oposto, as multinacionais farmacêuticas.

Homeopatia - efeito placebo, sem moléculas activas; golpes, esquemas.

Medicina energética – não há provas científicas.

Ah sim! quase me esquecia daqueles que agem na sombra, os lobbies agro-alimentares, retransmitidos pelos cientistas que recebem ordens.

- A B12 - sem salvação fora do fígado de vaca.

- O Cálcio - uma estrutura óssea de betão com produtos lácteos em abundância.

À excepção de curtos períodos de expansão, no século III, na Renascença e no século XX com G. Ohsawa, a macrobiótica e todas as disciplinas adjacentes que advogam regras naturais de saúde, de rejuvenescimento ou de longevidade sempre foram combatidas pelos poderes estabelecidos.

Mas porque é que a macrobiótica mete tanto medo aos governantes, o que é tem de tão subversivo, o que é que ela ensina tão perigoso para ser vigiada, condenada e até interdita? Mesmo que na nossa época liberal os métodos tenham mudado e já não “queimem”, continuam ainda e sempre a denegrir, a ridicularizar e a condenar a macrobiótica.

As regras macrobióticas sempre reflectiram as grandes leis da ordem universal. Respeitar estas leis na vida quotidiana para viver uma vida longa e de boa saúde é a tese fundamental do modo de vida macrobiótico.

Mas a prática regular desta arte de viver proporciona ainda algo mais, algo muito mais perigoso para os poderes, sejam eles democráticos ou totalitários, capitalistas ou monárquicos - "A macrobiótica melhora o julgamento e desenvolve uma consciência universal”.

Eis o verdadeiro perigo, o Estado moderno delegou os seus poderes para melhor governar. A sociedade cuida de tudo por e para nós, para o nosso e para o seu bem no melhor dos mundos.

- O pensamento para a educação e instrução

- A saúde para a ordem dos médicos

- A ordem para as forças da ordem

- A mortalidade para as estatísticas do estado

- A paz para os militares

- O conhecimento para os cientistas

- As crenças para as igrejas.

- Portanto, não deixar desenvolver de jeito nenhum um movimento que advoga a liberdade através de escolha pessoal que desafia a razão do Estado.

 

***

E nós - e nós então ... o que nos resta! Na realidade, pouca coisa, apenas uma coisa aparentemente insignificante, mas na realidade a mais importante de todas, que pode ser resumida numa pequena frase: "Nós somos o que comemos".

É sobre esta simples constatação, que à primeira vista nada tem de subversiva, que as doutrinas macrobióticas têm sido construídas ao longo dos séculos.

Mudar a sua alimentação e a forma de comer, reforçadas no século XX pela reflexão yin-yang da dialéctica taoísta, introduzida no Ocidente por um japonês chamado Georges Ohsawa, é a última liberdade individual que nos resta.

Quando sabemos que este método, permite:

- evitar a maioria das doenças, podemos estar certos de que seremos capazes de

- curar as doenças degenerativas

- reforçar a força vital e o sistema imunitário

- manter uma família saudável.

- desenvolver o próprio nível de consciência

- resolver o problema da fome no mundo

- construir um mundo de paz

Compreende-se melhor o impacto da macrobiótica - esta via para a saúde e a paz, através da evolução biológica e espiritual - se ela se estendesse a milhões de pessoas ou se se estabelecesse em vários países.

Não, não, não; a macrobiótica não passará - aqueles que nada sabem vigiam os seus bens. Por detrás das maiores siglas das organizações mundiais - ONU-OMS-FMI-OMC-G8 – escondem-se os vigilantes do bezerro de ouro.

Sobretudo nenhum humano saudável, que se estão a sair bem, isso não daria nenhum lucro.

Eis os 7 Artigos da Revolução Biológica recomendados pela nova macrobiótica. O nº 1 é prioritário, é inútil ir mais longe enquanto não tivermos assimilado pelo menos as noções básicas yin-yang.

1.  Aprender a reconhecer o jogo permanente das duas forças antagónicas e complementares yin e yang. Utilizá-las como guia para compreender o jogo da vida na natureza, no nosso corpo, nos nossos comportamentos e em todos os fenómenos que nos rodeiam.

2.  A fim de respeitar as polaridades harmoniosas da natureza, é aconselhável não utilizar produtos alimentares contendo aditivos químicos, e de dar a prioridade aos alimentos provenientes de uma agricultura biológica, artesanal e regional.

3.  Consumir frutas e legumes provenientes da mesma zona climática em que vivemos, respeitando a estação natural da vegetação de crescimento biológico de cada planta.

Introduzir regularmente na dieta legumes selvagens locais e legumes do mar (algas) sempre que possível.

4.  O consumo de produtos de origem animal deve satisfazer três critérios:

a)  Comer espécies que não fogem.

b)  Comer as espécies que são biologicamente mais afastadas de nós.

c)  Não ingerir subprodutos animais provenientes de roubo ou apropriação indevida.

d)  Rejeitar totalmente os produtos lácteos: Estes produtos não são concebidos para o consumo humano e além do mais têm taxas elevadas de herbicidas, antibióticos e hormonas. A nível psíquico, os produtos lácteos mantêm-nos a um nível infantil.

(O leite é para os bezerros e o mel para as abelhas se alimentarem durante o Inverno).

5.  Composição do prato macrobiótico padrão de base:


6.  Quadro original das 10 formas de comermos segundo o método macrobiótico, tal como aparece em "Macrobiotica Zen".

Eis o comentário que acompanha este quadro:

“Beba o mínimo possível. Se não alcançar o bem-estar que deseja, experimente o regime que está acima. O mais alto, o nº 7, é o mais fácil; os mais baixos são os mais difíceis”.

Nota: Por mais fácil, G.O. queria dizer mais fácil de equilibrar de acordo com yin e yang, e por mais difícil, pode-se compreender que quanto mais ingredientes diferentes, mais experiência é necessária.

7.  "No Credo" - não acreditar mas sim compreender para se chegar a uma convicção pela sua própria reflexão. Crença, fé e superstição são na realidade sinónimo de ignorância.

"Vivere pavro" saber contentar-se com o essencial sem desperdiçar os dons da vida. Ser grato por tudo o que recebemos.

Como podemos constatar, estas regras, que são apenas recomendações, revelam antes de mais bom senso e seriam perfeitamente inofensivas para os Estados, se não fizessem parte de uma sociedade onde o consumo excessivo e o lucro são os principais pilares da economia e a economia o único barómetro dos governos em vigor. Os lobbies da indústria agro-alimentar (carne industrial, lacticínios, cereais, moagem, etc.) associados aos grandes grupos químicos certificam-se de que ninguém põe um travão à sua expansão. Desinformação, corrupção, manipulação científica, tudo é bom e feito para desacreditar o movimento macrobiótico mundial.

Num futuro próximo, uma geração, no máximo, se as condições de degradação do planeta continuarem ao mesmo ritmo, o modo de vida macrobiótico será talvez a única saída possível para os sobreviventes de uma humanidade laminada por cataclismos naturais, fome, sede e poluição química dos quatro elementos essenciais à vida (terra, água, ar e alimentos), todos eles a par de uma forte regressão dos nossos sistemas imunitários, levando à degeneração da espécie humana.

Assim, um conselho, saltemos com toda a liberdade para o barco salva-vidas chamado "macrobiótica". Enquanto ainda há tempo, preparemo-nos para enfrentar longos períodos de fome, reforcemos os nossos sistemas imunitários, aprendamos a sobreviver com o "vivere pavro" e o respeito das verdadeiras leis da ordem universal através do "Non Credo".

Milhares de pioneiros em todo o mundo já tentaram a aventura da "Grande Vida", juntem-se a eles, um novo mundo está a ser preparado, um mundo de saúde e de paz. Bem-vindos a esta nova idade de ouro aqui e agora.

Gérard Wenker - Setembro de 2003



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