Actualmente, o glúten é, por antonomásia, o
ingrediente maldito da nossa sociedade - tornou-se tão demonizado que, mesmo os
alimentos naturalmente desprovidos do mesmo, como o leite, frequentemente
ostentam o rótulo: sem glúten.
O glúten é uma proteína vegetal que está
presente em quatro cereais: o trigo, com as suas variedades espelta e kamut, a
aveia, a cevada e o centeio. Trata-se dos cereais panificáveis, já que o glúten
é imprescindível para a fermentação da levedura. Toda a vida o pão conteve
glúten: é, foi e será um alimento básico no Ocidente.
A introdução demasiado precoce de alimentos
sólidos na infância, no desenvolvimento infantil, juntamente com um consumo
excessivo de leite e derivados, conduz a uma alteração da permeabilidade da
mucosa intestinal. Nesta situação, a proteína do glúten que o bebé ainda não
tem capacidade de digerir passa para a corrente sanguínea e provoca a reacção
imunitária.
Assim, o glúten não é em si mesmo a causa
da doença celíaca. A reacção de intolerância seria antes a consequência da
situação descrita. Para poder reintroduzir novamente o glúten, é imprescindível
que as pessoas com intolerância ao glúten mudem os seus hábitos alimentares com
a finalidade de restaurar a integridade da mucosa digestiva.
Drª Elena Corrales
O glúten não é o vilão.
"Quando evito o glúten ando bem,
por isso afasto-me do glúten e os meus problemas acabam".
Este é o raciocínio do número crescente
de pessoas que são intolerantes ao glúten ou que têm distúrbios digestivos
associados.
Acreditam que o seu mal de saúde se deve
à ingestão consciente ou acidental de glúten.
E quando o evitam estritamente, recuperam a saúde.
Algumas pessoas criticaram-me porque eu
"defendo" o glúten.
Acredito firmemente que os cereais são a
base da nutrição humana e da saúde humana.
O glúten faz parte da estrutura dos
cereais.
Os cereais são sagrados para o ser
humano.
O glúten faz parte desta maravilha
chamada "cereal".
É uma proteína que se encontra em alguns cereais.
Jesus Cristo e os seus discípulos
consumiam glúten.
Os grandes patriarcas do Antigo
Testamento também o consumiam.
Leonardo da Vinci, Bach, Beethoven,
Michael Antel Buonarotti, todos adoravam o pão de trigo.
E consideraram-no uma bênção.
Hipócrates (o pai da Medicina actual - NDT)
recomendava o consumo de pão e tinha diferentes preparações de trigo para
diferentes doenças.
Culpar o glúten é como culpar os vírus.
O problema não é o glúten.
É a qualidade degradada dos cereais
modernos.
É a instabilidade do sistema imunitário
que está hiperactivo e reage de forma autodestrutiva.
O glúten é apenas o gatilho.
Se eu evitar o glúten, não curo nada.
Porque a desordem do sistema imunitário aí
permanecerá intocada.
Curar a condição celíaca em profundidade
implica que a pessoa tem de resolver e curar o seu sistema imunitário.
Então poderá comer glúten como todos os
outros não-celíacos.
Poderá comer pão ou aveia e não ter sintomas.
Quero encorajar as pessoas a
aprofundarem a sua compreensão e a estabelecerem o objectivo de criar uma saúde
poderosa.
Porque a supressão do glúten suprime os
sintomas.
Mas não cura a desordem de fundo.
É uma solução sintomática, mas não
curativa.
Porque a verdadeira saúde é a auto-cura
e é necessário elevar o nível de discernimento do paciente.
E isso não se ensina actualmente nas
escolas médicas.
Mas será ensinado no futuro.
Porque o objectivo mais elevado da ciência médica
deveria ser a saúde nos seus níveis mais elevados para o gozo da vida de todos
os seres vivos.
Dr.
Martín Macedo, Uruguay - Reflexão FB 01.12.2017
ALGUMAS PESSOAS CRITICAM-ME
PORQUE EU DEFENDO O GLÚTEN.
Para milhões de pessoas, o glúten é
"indefensável".
É a causa da infelicidade e da perda de saúde de
muitíssimas pessoas.
Mas é uma crença.
E quando uma crença se enraíza na mente de milhões,
torna-se omnipotente.
Portanto, não sabemos se os sintomas atribuídos ao
glúten se devem ao próprio glúten ou à crença sobre a toxicidade do glúten.
O glúten não é tóxico.
É um produto da inteligência infinita.
É minha firme convicção de que os cereais são os
melhores alimentos para a nutrição humana na maioria das partes do mundo,
excepto nas zonas polares ou nas altas montanhas, onde as práticas agrícolas
não são possíveis.
O cereal é sagrado...é o resultado da
evolução biológica ao longo de milhões e milhões de anos.
Tudo o que contém faz parte desta
maravilha.
Tudo o que contém faz parte da sua
perfeição.
E quando o homem consome esta perfeição,
pode expressar a sua perfeição biológica.
E o glúten é apenas uma proteína que faz
parte da estrutura de alguns cereais.
Todos os cereais têm basicamente
hidratos de carbono complexos e uma pequena parte de proteína.
E essa proteína é o glúten em alguns
tipos de cereais.
Não pode haver imperfeição ou defeito na
sua estrutura.
Mas se a isolarmos e purificarmos, então
pode criar problemas para pessoas com sistemas imunitários frágeis.
O glúten faz parte de um pacote nutricional de
elevada complexidade.
Mas os industriais refinam o cereal e
separam os seus componentes.
E quando eles são separados, gera-se uma perda de
equilíbrio energético e nutricional que pode provocar doenças.
A inteligência infinita criou o cereal
para o homem o consumir completo.
Mas a procura de conveniências comerciais levou a
que os homens destruam o cereal, o fragmentem e depois criem variedades
híbridas que não têm qualidade mas que servem os seus propósitos comerciais,
criando texturas mais atractivas.
O problema não é o glúten, mas a
degradação dos cereais.
Os celíacos evitam o glúten mas tomam
refrigerantes comerciais, farinha de mandioca que é muito rica em açúcares,
lácteos e frutas em excesso.
Comem carne de frango, queijo, vegetais
acidificantes como o tomate e depois ficam com raiva do trigo.
Não mastigam bem, não cozinham adequadamente, muitos
cozinham em fogões de indução e desconhecem as técnicas para yanguizar ou
yinizar os seus alimentos.
Para criar uma cozinha de alta
qualidade, é preciso estudar e aprender.
Mas é muito mais fácil culpar o glúten e continuar
com uma cozinha cómoda e sem sabedoria.
A doença celíaca não se cura nem se
curará evitando o glúten, tal como a gripe não se cura nem se curará vacinando
milhares de pessoas.
Mas se se fortalecer o seu sistema
imunitário poder-se-á regressar pouco a pouco à saúde infinita... e esse é o
meu conselho aos celíacos.
Vejam mais longe, não se conformem com
um diagnóstico que vos encurralem numa vida sem esperança.
Dr.
Martín Macedo, Uruguay - Reflexão Fb 12.06.2019.
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