TABELA YIN-YANG DOS ALIMENTOS
(E.M.U.)
Estas
tabelas são teóricas, simples guias e há muitas disponíveis para consulta na
Internet. Existem dezenas de tabelas. No entanto, a saúde não se obtém através
da consulta das tabelas, porque a saúde não é algo que resulte de uma análise
intelectual ou teórica. A saúde é algo basicamente intuitivo.
Não
se chega a compreender o yin e o yang apenas intelectualmente, embora a
compreensão teórica seja um bom começo. Tem de ser compreendido com o
"corpo" todo. Ou seja, devemos preparar a mente e o corpo para poder
“captar” o seu verdadeiro significado. Se estivermos intoxicados, consumindo
alimentos de baixa qualidade, fumando, consumindo drogas recreativas e bebendo
"cola", os nossos fluidos corporais (80% do nosso peso corporal é
água e fluidos) estarão desnaturados e fora do equilíbrio biofisiológico.
E
assim, a nossa "visão", a nossa compreensão, estará afectada pelo
ambiente biofisiológico. Por alguma razão os mestres budistas dizem que, para
compreender plenamente a essência do budismo, é necessário compreender com
"o corpo todo". Não é possível ver em profundidade apenas através do
esforço intelectual, teórico e académico. Não se pode compreender o verdadeiro
significado de yin e de yang lendo dezenas de livros, ainda que passemos 50
anos de árduos estudos, se não purificarmos o corpo e a mente com alimentos
saudáveis, exercícios físicos e meditação.
E
é o que acontece com muitos nutricionistas "ocidentais" que ensinam, dissertam
e escrevem livros sobre dietas naturais, vegetarianas e macrobióticas. A sua
compreensão é teórica, erudita, académica. Mas os seus corpos são alimentados
ao estilo ocidental, com muita proteína de mamíferos, elevado consumo de
gordura animal sob a forma de lácteos, farinhas refinadas e açúcar. Por isso,
não conseguem compreender profundamente.
A
compreensão requer que o corpo se prepare através de um "jejum" de
todos essas comidas abomináveis. Por isso Jesus insistia numa cura baseada no
jejum e na oração. Mas os cristãos contemporâneos não estão muito interessados
no jejum. Estão mais interessados no “desjejum”. Leem, estudam teologia, fazem
muitas horas de oração e de contemplação, fazem retiros.
E
assim esperam ter uma transformação "espiritual". E há muitos
cristãos com excesso de peso e também obesos. E o excesso de peso leva à
hipertensão, à diabetes e a um maior risco de cancro e de doenças renais. Por
muito que rezem, não conseguirão compreender a verdadeira essência do
cristianismo. Porque o recetor é o corpo. E o corpo deve ser alimentado de
acordo com as leis naturais.
Para
que esteja limpo, puro, saudável e possa ver, perceber com os olhos de uma
criança. Mas os adultos justificam a sua gula com a passagem que diz: "Não
é o que entra que conta, mas o que sai da boca do homem". E assim se
pretende viver uma prática religiosa sem ter em conta a alimentação e a sua
qualidade. "O importante é a oração e o estudo das sagradas escrituras".
O
mesmo acontece quando tentamos compreender a filosofia oriental, a
macrobiótica, a meditação, com base em esforços puramente intelectuais e
teóricos. Muitos nutricionistas têm excesso de peso e não conseguem controlar a
sua avidez. E estão doentes e deprimidos. No entanto, alguns deles são "excelentes
e qualificados" profissionais devido aos seus alargados estudos e à sua
experiência docente. Para compreender profundamente, devemos preparar
simultaneamente o corpo e a mente.
Através
do "jejum" de alimentos bárbaros, antobiológicos, do estudo, da
introspeção, do exercício físico suficiente para limpar a "casa" e da
meditação, para acalmar a turbulência da mente. Basear-se unicamente em tabelas
de alimentos conduzirá a uma forma de alimentação rígida e possivelmente desequilibrada.
E os críticos, que nunca faltam, dirão: isto da macrobiótica não funciona, quem
experimenta esta prática tem uma diminuição da vitalidade, da vivacidade e
torna-se rígido e dogmático.
A
verdadeira prática deve juntar a intuição, o estudo e a experiência. E a paixão
pela vida e pela saúde. E há que começar pelo princípio. Pelo estudo e pondo em
prática o princípio das transformações. E estamos a fazer um considerável esforço
para motivar as pessoas a aprofundar este processo de gerar e criar saúde sem
limites e felicidade sem limites. O projeto é ambicioso; o caminho é longo. Mas
por muito longe que fique Roma, o caminho começa com um primeiro passo.
Dê
esse primeiro passo e o leitor verá que o segundo será mais fácil. E o
centésimo passo será tão natural como respirar. E quando quiser acordar, já
terá chegado. Terá dado os 10 milhões de passos sem quase dar por isso. Só é
preciso ter coragem e audácia para dar o primeiro passo.
O resto é
persistência e expetativa feliz .....
Escola
Macrobiótica do Uruguay – Dr. Martín Macedo.
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